Delegado liga governador de Goiás a casa de R$ 1,4 milhão onde Cachoeira foi preso
Parlamentares que ouviram o depoimento sigiloso à CPI do Cachoeira do delegado Matheus Rodrigues afirmaram nesta quinta-feira (10) que o policial federal indicou que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pode ter vendido uma casa no valor de R$ 1,4 milhão não ao dono de uma faculdade, como o próprio tucano chegou a alegar, mas sim ao bicheiro e empresário Carlinhos Cachoeira.
De acordo com as investigações da operação Monte Carlo, chefiada por Rodrigues, três cheques, sendo um de R$ 600 mil e outros dois de R$ 400 mil, foram entregues no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano.
A um jornal de Goiânia, o governador disse que o comprador seria o empresário Walter Paulo, que confirmou a transação. O inquérito, no entanto, aponta para três cheques assinados por Felipe Ramos, sobrinho de Cachoeira.
Ainda segundo o delegado, para haver certeza de que o dinheiro foi entregue a Perillo seria necessária a quebra do sigilo bancário dos envolvidos. Parlamentares avaliam que a ex-chefe-de-gabinete do governador goiano, Eliane Gonçalves Pinheiro, pode ter sido a intermediária nas negociações com Cachoeira. O inquérito aponta vários telefonemas que a citam entre membros da quadrilha.
"Não há prova conclusiva disso", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), membro da CPI. "Não dá para afirmar que Perillo era membro da quadrilha com 100% de provas, mas é urgente a presença do governador de Goiás na CPI para explicar isso e explicar também o motivo de Cachoeira ser tão influente no seu governo", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Outros parlamentares afirmaram que Cachoeira tinha poder de indicar pessoas para vários cargos da gestão de Perillo. Entre os órgãos afetados, estariam, segundo o delegado, as secretarias de Segurança Pública, Educação, Ciência e Tecnologia e o Detran. O governador de Goiás já afirmou que quer depor à CPI, mas não há data prevista para seu depoimento.
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