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Beijaço contra Feliciano reúne simpatizantes da causa gay em São Paulo

Manifestantes se beijam durante ato realizado neste sábado (23) na avenida Paulista, centro de São Paulo, contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) - J. Duran Machfee/Futura Press
Manifestantes se beijam durante ato realizado neste sábado (23) na avenida Paulista, centro de São Paulo, contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) Imagem: J. Duran Machfee/Futura Press

Marli Moreira

Da Agência Brasil, em São Paulo

23/03/2013 19h27

A três dias da decisão sobre a permanência ou não do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, mais um protesto ocorrido hoje (23), na avenida Paulista, reforçou a rejeição ao parlamentar.Desde que o líder religioso fez comentários preconceituosos contra homossexuais e negros por meio das redes sociais, vários segmentos da sociedade têm defendido o afastamento dele da presidência da comissão.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) que, no último dia 20, apelou para que o deputado renunciasse ao cargo, deve tomar uma decisão sobre o caso até a próxima terça-feira (26) .

Como forma de ironizar a conduta do parlamentar, um pequeno grupo de gays e simpatizantes da causa reuniram-se, no final da tarde de hoje (23), no Beijaço de Repúdio, ato organizado por meio do Facebook. A manifestação, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, próximo à região central, foi organizada pelo historiador Augusto Patrini, de 32 anos.

“Com esse ato, queremos mostrar que o amor entre duas pessoas - não importa o sexo - é uma coisa bonita e não tem nada de vergonhoso, ao contrário do que prega o deputado Feliciano”, disse Patrini. “Ele é uma pessoa racista e homofóbica e não pode estar em uma comissão de Direitos Humanos”, disse.