Congresso instala CPI do Metrô, mas só começa investigação em setembro
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) proposta por governistas para apurar as denúncias dos metrôs e dos trens de São Paulo e Distrito Federal foi instalada nesta quarta-feira (6) no Congresso Nacional, mas só começa a investigação em 2 de setembro. A comissão é mista, composta por deputados e senadores.
A sessão desta quarta-feira terminou sem eleger presidente e relator da comissão. A primeira reunião foi presidida pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), mais idoso entre os integrantes.
A CPI deve ser presidida por um senador do PMDB e o PT deve ficar com a relatoria. Mas o parlamentar indicado para assumir o comando do colegiado, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), não compareceu, o que atrasou a eleição para a presidência da comissão e o início da investigação.
O adiamento da eleição foi criticado pela oposição, que alega que o PT não quer investigar profundamente os casos denunciados.
Para evitar que a sessão fosse encerrada sem eleger o presidente, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) apresentou uma candidatura avulsa para comandar a comissão. “Não sei se nos bastidores o PT que tanto queria essa CPI articulou para não instalar mais a investigação. É mais uma pizza, só que sabor trem dessa vez”, criticou o deputado.
Suplicy não aceitou a candidatura de Francischini sob alegação de que a comissão deve o respeito ao princípio da proporcionalidade partidário. PMDB e PT são os partidos com as maiores bancadas. A composição PMDB na presidência e PT na relatoria é a mesma que ocorre nas duas CPIs da Petrobras.
O PT indicou o deputado Renato Simões (PT-SP) para a relatoria da comissão. Segundo o deputado, com a CPI instalada já é possível apresentar requerimentos para solicitar documentos e convocar testemunhas.
A comissão é instalada em meio às denúncias de que integrantes da Petrobras receberam antecipadamente o "gabarito" das questões que deveriam ser respondidas na CPI que investiga irregularidades na estatal.
A CPI mista do Metrô foi proposta pelo PT em maio em retaliação à iniciativa da oposição de propor a investigações de diversas irregularidades na Petrobras. A intenção dos governistas era a de atingir o PSDB, que governava São Paulo na época das irregularidades. Após meses de discussões e embates jurídicos que chegaram ao STF (Supremo Tribunal Federal), foram instaladas duas CPIs, um exclusiva do Senado – classificada pela oposição como governista – e uma mista, que participam deputados e senadores. A oposição defende a composição mista por acredita que na Câmara a lealdade aos interesses governo federal é mais frágil.
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