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Juiz manda quebrar sigilo de 16 dos 24 presos e 3 empresas da Lava Jato

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

18/11/2014 17h11Atualizada em 19/11/2014 14h39

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, determinou, nesta terça-feira (18), a quebra do sigilo bancário de 16 dos 24 presos durante a sétima fase da operação. Além da quebra do sigilo bancário dos presos, três empresas suspeitas de fazerem parte do esquema de desvio de dinheiro público da Petrobras tiveram a quebra de sigilo determinada.

O pedido de quebra de sigilo bancário dos suspeitos foi feito na tarde desta terça-feira (18) e encaminhado ao Banco Central. Os presos que tiveram os sigilos bancários quebrados são: Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia), Renato Souza Duque (Petrobras), Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão), Othon Zanoide de Moraes Filho (Queiroz Galvão), Valdir Lima Carreiro (Iesa),  Dalton Santos Avancini (Camargo Correa), Walmir Pinheiro Santana (UTC), José Ricardo Breghirolli (OAS), Eduardo Hermelino Leite (Camargo Correa), Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior), Agenor Franklin Magalhães Medeiros (OAS), Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC), João Ricardo Auler (Camargo Correa), José Aldemário Pinheiro Filho (OAS), Gerson de Mello Almada (Engevix) e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como lobista do PMDB.

As três empresas que tiveram seus sigilos bancários quebrados são: Technis Planejamento e Gestão em Negócios, Hawk Eyes Administração de Bens e D3TM Consultoria e Participações.

As três empresas são apontadas pela PF como elos do esquema de desvios de dinheiro da Petrobras para o pagamento de propina a partidos e políticos. A Hawk Eyes e a Technis, segundo a investigação, têm o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, como um dos seus sócios. Além de pedir a quebra de sigilo bancário das duas empresas, a Justiça Federal do Paraná já havia pedido o bloqueio de bens delas.

A D3TM , segundo a PF, tem o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Souza Duque como principal sócio. A empresa foi aberta dois dias antes de o ex-diretor deixar a Petrobras e atende a clientes que mantêm contratos com a estatal. A Justiça Federal também bloqueou os bens da D3TM.

Desde a última sexta-feira (14), a PF colhe os depoimentos de presos da sétima fase da operação Lava Jato. A PF investiga um esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras orçado em pelo menos R$ 10 bilhões.

A sessão desta terça-feira da CPI da Petrobras também aprovou o pedido de quebra de sigilo do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.