Renan critica Janot e pede acesso a documentos da Lava Jato
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu nesta sexta-feira (6) ao STF (Supremo Tribunal Federal) acesso aos documentos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de inquérito contra ele por suspeita de participação do esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato, que apura irregularidades na Petrobras.
O documento de pedido de acesso às informações, enviado pelo advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, também critica a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por Renan não ter sido informado diretamente se integra a lista de políticos investigados.
"Em se confirmando as informações replicadas pela mídia, o PGR [procurador-geral da República], saindo de sua praxe, não concedeu ao peticionário [Renan Calheiros] a mínima oportunidade de esclarecer previamente fatos ou insinuações que contra ele porventura tenham sido levantadas”, diz trecho da petição.
Ontem, Renan disse no Senado que lamentava não ter sido ouvido pelo Ministério Público antes de o órgão apresentar o pedido de abertura de inquérito para apurar a participação de políticos no esquema de corrupção na Petrobras.
Uma lista com nomes de políticos foi entrega na terça-feira (3) por Janot ao ministro Teori Zavascki pedindo a abertura de inquéritos para apurar as suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Zavascki é relator de processos da Lava Jato no STF.
Foram apresentados 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas e sete pedidos de arquivamento. Entre os citados, há suspeitos com e sem foro privilegiado.
Os advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também pediram nesta quarta-feira ao STF para ter acesso aos documentos da Lava Jato.
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