Quem os evangélicos, os ricos ou os jovens querem para prefeito de SP?

A pesquisa da Datafolha divulgada nesta sexta-feira (15) mostrou aspectos curiosos na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Celso Russomanno (PRB) lidera a disputa pelas intenções de voto, mas entre os jovens sua vantagem cai e para a senadora Marta Suplicy (PMDB) avança.

Entre os eleitores na faixa dos 16 aos 24 anos, os dois pré-candidatos estão tecnicamente empatados -- a peemedebista tem seu melhor desempenho nessa faixa etária. A pesquisa tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

O Datafolha entrevistou 1.092 pessoas entre 12 e 13 de julho. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número SP-02963/2016 e tem um nível de 95% de confiança. 

Entre os mais velhos, Russomanno também lidera, mas quem aparece em segundo lugar, numericamente, é a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), que foi prefeita de São Paulo entre 1989 e 1992 – esta é faixa etária onde ela se sai melhor. Há, porém, empate técnico com Marta Suplicy, que administrou a cidade entre 2001 e 2004.

A disputa está embolada entre os que têm ensino superior completo. Russomanno, Erundina, Haddad e o empresário João Dória, pré-candidato do PSDB estão tecnicamente empatados nesse grupo de eleitores.

Entre os mais pobres – os que ganham até dois salários mínimos por mês --, Marta volta a encostar em Russomanno e os dois aparecem tecnicamente empatados.

Entre os mais ricos – os que ganham mais de dez salários mínimos por mês --, a disputa também está embolada. Entre as faixas de renda, é nesta que Haddad e Dória têm seus melhores resultados. Numericamente, os dois aparecem à frente dos demais, embora a situação seja considerada um empate técnico com Erundina, Russomanno e o vereador Andrea Matarazzo (PSD). Marta não tem bom desempenho neste segmento.

Russomanno obtém sua maior vantagem em um segmento religioso – o dos pentecostais. São 14 pontos percentuais de folga sobre Marta, que está tecnicamente empatada com o deputado federal Marco Feliciano (PSC) em segundo lugar nesse grupo. Entre os evangélicos que não são pentecostais, Feliciano tem dez pontos percentuais a menos.