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Renan diz que denúncia contra ele é "vingança" e que PGR faz "política"

Presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)  - Adriano Machado/Reuters/7.dez.2016
Presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) Imagem: Adriano Machado/Reuters/7.dez.2016

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

13/12/2016 11h04Atualizada em 13/12/2016 11h12

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (13) que a PGR (Procuradoria-Geral da República) faz "política" --ele foi denunciado pela PGR na Operação Lava Jato ontem.

"Essa denúncia terá o mesmo destino das outras, será arquivada, porque eu nunca cometi crime", disse o presidente do Senado.

Ele criticou ainda a citação a seu nome na delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho. "Existem delações e delações. Você ter o nome citado porque alguém interpretou que alguém falaria em seu nome, isso é um absurdo. Isso só serve para alimentar noticiário e para permitir um prejulgamento das pessoas", disse Renan.
 
"O Ministério Público infelizmente passou a fazer política. Só política. Quando você faz política, você perde a condição de ser o fiscal da lei", afirmou o presidente do Senado.

Renan conversou com jornalistas ao chegar no Senado na manhã desta terça-feira.

Na véspera, o senador foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal), pela Procuradoria-Geral da República, sob a acusação de ter recebido propina de uma empreiteira. O Supremo ainda não decidiu se recebe a denúncia e abre processo contra Renan.

O senador é réu no Supremo pelo crime de peculato, em uma primeira denúncia da Procuradoria que o acusa de ter desviado recursos do Senado para pagar a pensão de uma filha. Renan nega irregularidades nos dois casos.

Nesta terça-feira, o senador criticou as denúncias da Procuradoria contra ele e afirmou que elas são motivadas por "vingança". "Estou absolutamente tranquilo", disse.

"Essas outras denúncias são, como aquelas denúncias, apressadas, feitas nas coxas, que demonstram o caráter político do Ministério Público apenas, de vingança, porque o Senado rejeitou três nomes que hoje compõem a força-tarefa [da Lava Jato] para o Conselho [Nacional do Ministério Público]", afirmou Renan.