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Prefeito eleito de Osasco é transferido para presídio de Tremembé

O prefeito eleito de Osasco, na Grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), é transferido para a penitenciária de Tremembé - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O prefeito eleito de Osasco, na Grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), é transferido para a penitenciária de Tremembé Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/12/2016 08h18

O prefeito eleito de Osasco, na Grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), foi transferido na manhã desta terça-feira (27) para a penitenciária de Tremembé, no interior do Estado. Ele passou duas noites na cadeia pública de Osasco após ter se entregado à polícia no domingo (25). Antes de ser preso, Lins estava em Miami e era considerado foragido.  

Atualmente vereador em licença, Lins é alvo de um mandado de prisão preventiva na Operação Caça Fantasmas, que apura um suposto esquema milionário de fraudes na contratação sem concurso público de centenas de servidores, mantendo funcionários fantasmas nos gabinetes.

Considerado uma zebra no início da campanha, Lins bateu em segundo turno o atual mandatário de Osasco, Jorge Lapas (PDT). Com 100% das urnas apuradas, Lins obteve 61,21% dos votos, contra 38,79% de Lapas. 

Aos 38 anos de idade, ele é empresário. Possui duas empresas em Osasco. Quando as urnas lhe deram a vitória, Lins foi taxativo ao declarar seu compromisso com a ética e o bem público. Ele afirmou que iria "respeitar o dinheiro público da nossa população".

"É tolerância zero com a corrupção", declarou à época.

Caça Fantasmas

No último dia 6, o Ministério Público de São Paulo deflagrou a quinta fase da Operação Caça Fantasmas ao cumprir 14 mandados de prisão -- todos contra vereadores de Osasco . Os prejuízos aos cofres públicos em decorrência do esquema são estimados em pelo menos R$ 21 milhões.

Durante a investigação ainda em curso, o MP paulista já ofereceu denúncia contra 217 pessoas, entre vereadores, assessores e funcionários "fantasmas". Desde que foi iniciada, em agosto de 2015, a operação já conta com 117 volumes de investigação. Mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela Justiça, a pedido do MP de São Paulo.