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Lula critica Moro e Guedes por pacote "para combater o crime" e Previdência

Ministro Moro propôs pacote anticrime enquanto Guedes, estuda a reforma da Previdência - Ian Cheibub - 1º.nov.2018 /Folhapress
Ministro Moro propôs pacote anticrime enquanto Guedes, estuda a reforma da Previdência Imagem: Ian Cheibub - 1º.nov.2018 /Folhapress

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

06/02/2019 09h24

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o projeto de lei anticrime, proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e a reforma da Previdência, proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL)

Em mensagens publicadas em seu perfil no Twitter, Lula não fez menção direta a Moro, responsável por sua condenação no processo do tríplex, que o levou à prisão em abril do ano passado.

"Um ministro [Moro] apresenta um pacote para combater o crime. Outro [Paulo Guedes, da Economia] promete um pacote que vai aumentar a desigualdade e, por consequência, a criminalidade, que é a reforma da Previdência", escreveu o petista.

O ex-presidente diz que a gestão Bolsonaro deveria apresentar propostas que "gerem emprego, renda e educação". "Falta a esse governo entender que o Estado precisa entrar nas favelas com política pública e não só com polícia", comentou.

Na última segunda-feira (4), Moro apresentou um projeto de lei que mira no combate à corrupção, ao crime organizado e ao crime violento. Entre os pontos polêmicos, estava o esclarecimento sobre quando a ação de um agente de segurança deveria ser vista como legítima defesa. São os casos de "conflito armado ou risco iminente de conflito armado" ou de prevenir "agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes".

Moro disse que isso não é uma "licença para matar". A defesa de uma lei que desse maior segurança jurídica para isentar de crimes os policiais que matam em serviço foi uma das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro.

Já a reforma da Previdência teve uma versão preliminar divulgada nesta semana. Ela prevê que a idade mínima para aposentadoria seria de 65 anos para homens e mulheres. Para ter direito à aposentadoria integral, seriam necessários 40 anos de contribuição.

'Não existe nenhuma licença para matar', diz Moro sobre pacote

UOL Notícias

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.