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Novo juiz da Lava Jato diz que usava senha LUL2022, mas nega ser petista

Do UOL, em São Paulo

22/05/2023 15h28Atualizada em 23/05/2023 11h49

O novo juiz da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, confirmou hoje em entrevista à GloboNews que usava a senha "LUL2022" para acessar o sistema da Justiça Federal, mas negou ser petista.

O que ele disse?

"A questão de alguns anos atrás, quando o presidente Lula ainda estava preso, a minha sigla de acesso ao sistema da Justiça Federal era LUL2022. Eu trabalhava com matéria previdenciária e foi um processo isolado, individual meu contra uma prisão que eu reputava ilegal."

"Não sou petista". "Essa é uma questão individual minha, acho que Lula é uma figura histórica muito importante para o país, sem dúvida, erros e acertos vão ser julgados pela Justiça."

Juiz disse que novo inquérito será aberto para averiguar grampos ilegais do ex-doleiro Alberto Yousseff e outros presos. "Não posso usar a palavra escândalo nesse caso porque provavelmente serei o julgador dessas questões mais à frente, mas são fatos que merecem profunda investigação e, acima de tudo, uma reflexão sobre tudo que aconteceu, prós e contras, no Brasil nos últimos anos —especificamente na 13ª Vara de Curitiba, ironicamente chamada de 'República de Curitiba'."

Em entrevista ao UOL, juiz disse que senha LUL2022 era 'factoide'

Appio concedeu entrevista ao UOL em fevereiro deste ano, e disse que não se manifestaria sobre essa senha. "Não posso me manifestar sobre questões de login, ainda que tenham sido feitos num passado distante quando eu ainda não atuava", disse.

"Quem cria esses factoides está mais interessado em discutir o sofá do que o adultério", afirmou.

Procuradoria pediu que juiz declarasse suspeição em questões da Lava Jato

Uma procuradora de Ponta Grossa (115 km de Curitiba) entrou com um pedido para que Appio se declarasse suspeito para julgar questões da operação.

Juiz rejeitou o pedido no último sábado (20) e disse ser vítima de uma "narrativa leviana", segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. "Os argumentos lançados pela Procuradora da República de Ponta de Grossa não apresentam fatos específicos que permitam aferir a suposta suspeição deste Julgador para análise do feito em questão", disse.