Profissionais do Mais Médicos começam a trabalhar hoje em 454 municípios
Os profissionais formados no Brasil inscritos no Mais Médicos, começam hoje (2) a atuar em 454 municípios de todo o país. O objetivo do programa é levar médicos para atender a população em unidades básicas de saúde do interior dos estados e em periferias de grandes cidades, onde há carência de profissionais de saúde.
Nesta primeira etapa estão incluídos os 1.096 médicos com diplomas do Brasil. Os 682 estrangeiros ou médicos formados no exterior estão em fase de treinamento e avaliação e devem começar a trabalhar no dia 18 de setembro. Ao todo, 3.511 cidades haviam solicitado 15.450 profissionais.
De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos com diploma do Brasil tiveram prioridade nas vagas. As remanescentes foram oferecidas primeiramente a brasileiros graduados no exterior e em seguida a estrangeiros, que atuarão com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões onde serão alocados pelo programa.
O ministério vai recepcionar os médicos que atuarão no programa em seis capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.
Além da contratação de profissionais, o governo federal vai investir, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo país. Desse montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para a construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento e 16 mil unidades básicas.
Onde falta médico, faltam dentistas e enfermeiros, mostra pesquisa
A concentração de médicos nos grandes centros acompanha a de outros profissionais de saúde, como dentistas e enfermeiros, e a de unidades de saúde. Onde falta um, faltam os outros. É o que o mostra um recorte da pesquisa Demografia Médica no Brasil, que se baseou em dados da AMS (Assistência Médico-Sanitária) do IBGE, que conta os postos de trabalho ocupados por profissionais de saúde |
Veja argumentos a favor e contra o programa Mais Médicos
PRÓS | CONTRAS |
Aumenta número de médicos em atuação no Brasil (hoje há 1,8 profissionais para cada mil habitantes) | Sem o Revalida, o médico estrangeiro não tem a sua capacidade testada adequadamente, podendo colocar vidas em risco |
Leva médicos para bairros e cidades onde há carência desses profissionais | Dificuldades com a língua portuguesa podem trazer problemas de comunicação |
Melhora o conhecimento dos médicos em atenção básica e saúde pública, áreas nas quais os recém-formados não costumam ter interesse em atuar | Com o acordo para a vinda de médicos de Cuba, o governo está sendo conivente com um esquema de trabalho que é alvo de críticas: os profissionais recebem apenas parte da bolsa |
Amplia o atendimento à população indígena que vive em regiões carentes de médicos | Estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente sobre as doenças tropicais, como a dengue |
Supre uma demanda imediata, dado o longo tempo de formação de novos médicos | Estrangeiros podem desconhecer certos medicamentos e equipamentos utilizados no país |
Apesar de não resolver a questão da falta de infraestrutura, garante acesso a um médico | Não oferece benefícios trabalhistas aos profissionais, como 13º salário, horas extras e FGTS |
Não ameaça os empregos dos brasileiros, já que os estrangeiros só podem atuar em áreas específicas | Não resolve a questão da falta de infraestrutura e de outros profissionais, como enfermeiros, nutricionistas, dentistas etc |
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