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SP: Vice-governador diz que estado amplia leitos para evitar colapso

13.mai.2020 - Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, durante coletiva da pandemia do coronavírus - Bruno Escolastico/Photopress/Estadão Conteúdo
13.mai.2020 - Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, durante coletiva da pandemia do coronavírus Imagem: Bruno Escolastico/Photopress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

22/05/2020 08h29Atualizada em 22/05/2020 10h55

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), disse hoje que o estado está ampliando o número de leitos hospitalares em razão da pandemia do novo coronavírus para evitar o colapso do sistema de saúde e a implementação de medidas mais duras, como o lockdown, mas não descartou a adoção delas caso haja necessidade.

Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, Garcia negou que haja um temor de decretar medidas mais duras e disse que não falta coragem ao governador João Doria e ao prefeito de São Paulo Bruno Covas, ambos do PSDB, para fazer o que for necessário para enfrentar a epidemia, independentemente de eventual custo político.

"Todos os dias incluímos novos leitos no sistema e isso está permitindo que, apesar do crescimento da epidemia, nós ainda não temos o colapso (...) Se nós percebermos que o sistema pode efetivamente entrar em colapso e não tivermos alternativas para ampliar o sistema ou para segurar a circulação do vírus, tomaremos a decisão que for necessária", afirmou o vice-governador.

Segundo ele, só na semana que vem mais de 400 leitos de UTI's na capital e na Grande São Paulo devem ser abertos.

"Se for necessário endurecimento em algumas regiões, flexibilização em outras, ou até manutenção, não tenho nenhuma dúvida de que o governador continuará com esse trabalho para salvar vidas", continuou Garcia, acrescentando que "vidas a gente não ressuscita, a economia a gente trabalha para ressuscitar depois".

Na última quarta-feira (20), Doria disse ter esperança de que as pessoas vão respeitar o isolamento social durante o "megaferiado". O político tucano deu a entender que pode implementar um lockdown caso o índice não supere os 55%.

São Paulo é o epicentro do coronavírus no país. Desde o início da pandemia, 73.739 casos e 5.558 mortes foram registradas.

Ontem, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou um projeto de lei que antecipa o feriado de 9 de julho (Revolução Constitucionalista) para a próxima segunda-feira (25). A medida vale para todo o estado.

Na capital paulista, com mais uma antecipação, haverá um megaferiado de seis dias. Ele começou com feriados antecipados na quarta e quinta-feira. Hoje é ponto facultativo.

Garcia disse que as autoridades têm feito apelos sucessivos para mostrar que o distanciamento social é a "única vacina" contra o novo coronavírus e que a quarentena foi fundamental para que o sistema de saúde pudesse ser preparado. A medida vale até o dia 31 de maio.