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Ministério da Saúde diz que é falso que feijão de pastor cure covid-19

O pastor Valdemiro Santiago anuncia falsa cura para covid-19 em vídeo no YouTube - Reprodução/ YouTube
O pastor Valdemiro Santiago anuncia falsa cura para covid-19 em vídeo no YouTube Imagem: Reprodução/ YouTube

Do UOL, em São Paulo

12/06/2020 14h24Atualizada em 12/06/2020 16h16

A pedido do MPF (Ministério Público Federal), o Ministério da Saúde publicou em seu site um alerta de que é falso que exista um tipo de feijão que possa curar a covid-19, doença causada pelo coronavírus.

A fake news foi propagada pelo pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus. Por meio de vídeos publicados no YouTube, o religioso disse que venderia por R$ 1.000 as sementes que poderiam curar a doença.

"O Ministério da Saúde informa que não há, até o momento, produto, substância ou alimento que garante a prevenção ou tratamento do coronavírus", escreveu a pasta em seu site.

"Conforme determinação do MPF, o Ministério da Saúde esclarece que é falso que o plantio de sementes de feijão, comercializados pelo líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, leva à cura ou serve para prevenção da covid-19", informou o ministério.

A mensagem do Ministério da Saúde sobre "feijão que cura coronavírus" é acompanhada de um selo que adverte: "Isto é Fake News! Esta notícia é falsa - Não divulgue".

Os vídeos do pastor foram removidos do YouTube após pedido feito pelo MPF. O Google, responsável pela plataforma, disse ter preservado os arquivos e os dados de acesso das publicações, que poderão ser utilizados em possíveis ações judiciais contra os autores do material veiculado.

O MPF também pediu ao Ministério Público do Estado de São Paulo que apure um possível crime de estelionato.

"Os vídeos buscavam induzir os fiéis a adquirirem produtos cujo poder de cura prometido não existe e divulgavam o suposto caso concreto de uma pessoa que havia se recuperado da doença a partir do cultivo do feijão. Alegou-se, inclusive, que o episódio estaria amparado em um atestado médico", afirmou o MPF, em nota.