Na comemoração da Revolução, presidente iraniano critica os EUA
TEER¥, 10 Fev 2013 (AFP) - O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad afirmou neste domingo que considera necessária uma mudança de atitude por parte dos Estados Unidos para que se avance num diálogo bilateral sobre a questão nuclear, e criticou as sanções econômicas impostas por Washington.
"A mudança de tom é necessária, mas não suficiente. Parem de nos apontar uma arma e eu mesmo iniciarei o diálogo", afirmou Ahmadinejad em referência aos Estados Unidos, durante um discurso na capital iraniana para celebrar o 34º aniversário da revolução islâmica.
"Vocês fizeram de tudo para impedir que nos transformemos num país nuclear, e fracassaram. A melhor solução é a cooperação e o entendimento", acrescentou, pedindo "um diálogo com respeito e justiça, não sob a pressão de sanções".
O governo dos Estados Unidos anunciou nos últimos dias estar pronto para iniciar um diálogo bilateral direto com Teerã, dentro das negociações com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) sobre o plano nuclear iraniano, ao mesmo tempo em que aprovou novas sanções econômicas.
No entanto, o guia supremo da revolução iraniana, Ali Khamenei, que tem a última palavra em questões nucleares, rejeitou na quinta-feira qualquer possibilidade de diálogo sob ameaças.
Ahmadinejad convocou ainda os iranianos a permanecer "unidos atrás do guia", e reafirmou que a "nação iraniana não renunciará uma vírgula em seus direitos legítimos" relativos à questão nuclear.
Países Ocidentais e Israel suspeitam que o Irã pretende desenvolver armas nucleares sob a cobertura de um programa civil, possibilidade que o governo iraniano nega enfaticamente.
Durante a semana, o novo secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que a janela da diplomacia permanece aberta para o Irã, que se reunirá ainda neste mês com as potências mundiais para estabelecer novos diálogos sobre seu programa nuclear.
"A decisão está em última instância nas mãos do Irã", salientou Kerry em sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu como titular do Departamento de Estado. "A comunidade internacional está pronta para responder se o Irã chegar preparado para falar de coisas substanciais".
Milhares de iranianos participaram neste domingo em Teerã e em outras cidades do país em manifestações para comemorar o 34º aniversário da Revolução Islâmica.
Ahmadinejad participou nas celebrações na Praça Azadi (Liberdade), oeste da capital, onde foi realizado o comício principal.
Como acontece durante todas as manifestações oficiais, a multidão exibiu bandeiras iranianas, retratos do fundador da República Islâmica, do aiatolá Ruhola Khomeini, e de seu sucessor, o aiatolá Ali Khamenei.
Os manifestantes também gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", inimigos declarados do regime islâmico.
bur/cyj/sgh/tp/ahg.
"A mudança de tom é necessária, mas não suficiente. Parem de nos apontar uma arma e eu mesmo iniciarei o diálogo", afirmou Ahmadinejad em referência aos Estados Unidos, durante um discurso na capital iraniana para celebrar o 34º aniversário da revolução islâmica.
"Vocês fizeram de tudo para impedir que nos transformemos num país nuclear, e fracassaram. A melhor solução é a cooperação e o entendimento", acrescentou, pedindo "um diálogo com respeito e justiça, não sob a pressão de sanções".
O governo dos Estados Unidos anunciou nos últimos dias estar pronto para iniciar um diálogo bilateral direto com Teerã, dentro das negociações com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) sobre o plano nuclear iraniano, ao mesmo tempo em que aprovou novas sanções econômicas.
No entanto, o guia supremo da revolução iraniana, Ali Khamenei, que tem a última palavra em questões nucleares, rejeitou na quinta-feira qualquer possibilidade de diálogo sob ameaças.
Ahmadinejad convocou ainda os iranianos a permanecer "unidos atrás do guia", e reafirmou que a "nação iraniana não renunciará uma vírgula em seus direitos legítimos" relativos à questão nuclear.
Países Ocidentais e Israel suspeitam que o Irã pretende desenvolver armas nucleares sob a cobertura de um programa civil, possibilidade que o governo iraniano nega enfaticamente.
Durante a semana, o novo secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que a janela da diplomacia permanece aberta para o Irã, que se reunirá ainda neste mês com as potências mundiais para estabelecer novos diálogos sobre seu programa nuclear.
"A decisão está em última instância nas mãos do Irã", salientou Kerry em sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu como titular do Departamento de Estado. "A comunidade internacional está pronta para responder se o Irã chegar preparado para falar de coisas substanciais".
Milhares de iranianos participaram neste domingo em Teerã e em outras cidades do país em manifestações para comemorar o 34º aniversário da Revolução Islâmica.
Ahmadinejad participou nas celebrações na Praça Azadi (Liberdade), oeste da capital, onde foi realizado o comício principal.
Como acontece durante todas as manifestações oficiais, a multidão exibiu bandeiras iranianas, retratos do fundador da República Islâmica, do aiatolá Ruhola Khomeini, e de seu sucessor, o aiatolá Ali Khamenei.
Os manifestantes também gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", inimigos declarados do regime islâmico.
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