Manifestantes anti-Mursi incendeiam sede da Irmandade Muçulmana no Cairo
Manifestantes egípcios colocaram fogo na sede da Irmandade Muçulmana nesta quinta-feira à noite no Cairo, anunciou à AFP Mahmud Ghozlan, porta-voz do movimento islamita do presidente Mohamed Mursi.
"Duzentos criminosos atacaram a sede. A segurança tentou impedi-los, mas alguns conseguiram entrar por trás, saqueando e colocando fogo no local. Ele ainda está em chamas", declarou Ghozlan.
Uma autoridade de segurança afirmou, entretanto, que o incêndio era limitado e que a polícia tinha afastado os manifestantes.
Na noite de quarta para quinta-feira, confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Mursi em torno do palácio presidencial haviam deixado sete mortos e centenas de feridos, de acordo com fontes médicas. Estes são os piores episódios de violência desde a eleição de Mursi, em junho, como o primeiro presidente islamita do Egito.
O Exército egípcio mobilizou tanques e estabeleceu um perímetro de segurança nesta quinta em torno da Presidência, onde a oposição denuncia o reforço dos poderes de Mursi e um projeto de Constituição que, segundo ela, não concede garantias suficientes em matéria de respeito aos direitos civis.