Terceiro suspeito do estupro coletivo na Índia se declara inocente
Um terceiro suspeito de participar no estupro coletivo da jovem estudante indiana de 23 anos em Nova Delhi vai se declarar inocente em todas as acusações, afirmou o advogado de defesa M.L. Sharma.
Ele defende Ram Singh, o motorista do ônibus onde aconteceu o ataque que insuflou os protestos em toda a Índia contra a agressão à jovem.
Indianos fazem homenagem e tocam "Imagine"
Sharma também representa o irmão do motorista, Mukesh, e o operário Akshay Thakur, ambos envolvidos no caso.
O defensor informou, na véspera, que os outros dois homens também se declararam inocentes da série de acusações, que incluem estupro coletivo, homicídio e sequestro.
"Quem quer que seja que tenha cometido este crime hediondo deveria ser punido, mas meus clientes não são os verdadeiros culpados", afirmou.
Ainda não está claro quem irá defender os outros dois acusados. Todos os cinco homens vivem em favelas de Nova Delhi e têm idades entre 19 e 35 anos.
Um sexto acusado de 17 anos será julgado numa corte especial para menores de idade.
Os agentes da prisão Tihar de segurança máxima, onde estão presos os acusados, confirmaram que o advogado Sharma se encontrou com seu cliente Ram Singh na noite desta terça-feira.
Os promotores do caso já divulgaram ter evidências de manchas de sangue que envolvem os suspeitos no ataque. No entanto, o defensor se recusou a dar mais detalhes e disse que desafiaria a polícia responsável por investigar o caso.
A próxima audiência será realizada a portas fechadas e está marcada para esta quinta-feira, data em que o magistrado deverá transferir o caso para um tribunal especial de resolução rápida.
O ataque brutal contra a estudante de medicina e seu namorado causaram uma onda de fúria na Índia. Políticos e familiares da jovem assassinada reivindicam a pena de morte para os culpados.
O bando foi acusado de estupro em série e por violentar a jovem com uma barra de ferro causando sérias lesões.