Coreia do Norte ameaça retaliar Sul por queima de imagens de Il-Sung

Em Seul

  • Kin Cheung/AP

    Manifestantes queimam efígie do líder Kim Jong-Un, em um protesto anti-Coreia do Norte

    Manifestantes queimam efígie do líder Kim Jong-Un, em um protesto anti-Coreia do Norte

O Exército norte-coreano deu nesta terça-feira (16) (hora local) um "ultimato" ao vizinho do sul, prometendo lançar um ataque inesperado, caso as atividades hostis à Coreia do Norte continuem na península.

O alerta foi feito depois que manifestantes em Seul queimaram, na segunda-feira (15), imagens do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung, de seu filho, Kim Jong-Il, e de seu neto e atual líder do país, Kim Jong-Un.

O ato coincide com as festividades nacionais na Coreia do Norte pelo 101º aniversário do nascimento de Kim Il-Sung, uma data reverenciada como "O dia do sol".

"Todo o governo e o povo da DPRK (Coreia do Norte) estão fervilhando com um forte ressentimento por esse monstruoso ato criminoso", declarou o Comando Supremo do Exército, em nota divulgada pela agência oficial de notícias norte-coreana.

O arsenal norte-coreano

  • A quantidade exata de armas nucleares na Coreia do Norte é uma incógnita, uma vez que o país não é signatário de tratados para controle de tecnologias para destruição em massa.

    No entanto, estima-se que o arsenal do país inclui alguns foguetes que poderiam atingir não só Seul, mas capitais como Tóquio e até mesmo bases norte-americanas no Pacífico.

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No "ultimato", o governo declara que "nossa ação retaliatória começará sem aviso prévio, a partir de agora, já que um criminoso ato triplamente amaldiçoado de ferir a dignidade da liderança suprema da DPRK está sendo abertamente praticado no coração de Seul, sob o patrocínio das marionetes do governo".

A nota acrescenta que as Forças Armadas "iniciarão imediatamente suas corretas ações militares para mostrar como o governo e o povo da DPRK valorizam e protegem a dignidade da liderança suprema".

"A demonstração militar das revolucionárias Forças Armadas da DPRK será um poderoso golpe de marreta em todas as forças hostis que ferem a dignidade da liderança suprema da DPRK".

A península coreana se encontra em uma escalada de tensão militar desde que o Norte realizou um teste nuclear em fevereiro de 2013.

Estimulada pelas recentes sanções da ONU e pelos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul, Pyongyang tem lançado várias ameaças de ataques de míssil e de guerra nuclear, nas últimas semanas.

Em uma tentativa para diminuir a tensão, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, defendeu semana passada a necessidade de diálogo e de se "ouvir o que a Coreia do Norte pensa". Pyongyang rejeitou as propostas como um "truque ardiloso" de Seul para esconder suas intenções agressivas.

Nesta terça, o Comando do Exército Supremo declarou que, se o Sul realmente quiser estabelecer diálogo e negociações, "eles devem se desculpar por todos os atos hostis à DPRK, grandes e pequenos".

A Coreia do Norte costuma relacionar testes militares de alto perfil com datas-chave, motivo pelo qual esperava-se um teste de míssil de médio alcance na segunda-feira, junto com as celebrações pelo nascimento de Kim Il-Sung.

Ao contrário do que aconteceu na comemoração do Centenário de Il-Sung, este ano, porém, não houve parada militar de grande porte, e autoridades sul-coreanas disseram que o estado de atenção com o possível lançamento de míssil pode se arrastar por dias.

 

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