Oposição faz 'panelaço' contra fraude nas eleições da Venezuela
CARACAS, 16 Abr 2013 (AFP) - Aos gritos de "fraude", milhares de opositores realizaram um 'panelaço' e queimaram pneus em várias ruas de Caracas na noite desta segunda-feira para rejeitar a proclamação de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela antes da recontagem dos votos da eleição de domingo.
Na região da Praça Altamira, no leste de Caracas, a polícia militar enfrentou um grupo de opositores com bombas de gás lacrimogêneo, enquanto outros manifestantes ocupavam as ruas do município de Chacao, constatou a AFP.
"Fraude, fraude", gritavam os opositores sobre a proclamação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dando a vitória a Maduro por 50,75% dos votos, contra 48,97% para o opositor Henrique Capriles.
No início da tarde, Capriles convocou uma mobilização popular, com panelaços e passeatas na terça e quarta-feira diante das sedes regionais do CNE para exigir a recontagem dos votos, algo que Maduro qualificou de golpe de Estado.
"Nosso povo vai expressar sua raiva diante de todas as ações por parte de quem detém o poder (...). Nossa luta precisa ser firme, mas pacífica", disse Capriles em entrevista coletiva.
Maduro reagiu acusando a oposição de "golpismo" e convocou contramanifestações para os próximos dois dias.
"Quem pretende vulnerar a maioria da democracia está fazendo uma convocação para um golpe de estado e denuncio que na Venezuela está em andamento a preparação de um ataque às instituições democráticas", disse Maduro em seu discurso após a proclamação da vitória pelo CNE.
"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".
"Sigo propondo a paz e convoco o povo a lutar em paz, a se mobilizar em todo o país pela paz, mobilizações em todo o país amanhã e na quarta-feira", afirmou Maduro em entrevista ao canal estatal VTV.
"Você convocou a violência às ruas e você é responsável frente ao país (...) se houver mortos ou feridos, você é responsável", disse Maduro a Henrique Capriles.
Na avenida Chacao, enquanto manifestantes queimavam lixo, pneus e outros objetos, Rosiris Fernández, uma estudante de turismo de 25 anos, argumentava: "não nos deram outra opção que isto".
"Isto é um modo de mostrar nossa raiva porque roubaram esta eleição. É a única maneira de defender nosso voto. Vamos seguir nas ruas, resistindo", disse a jovem enrolada em uma bandeira venezuelana.
"Aqui houve fraude (...). Aqui há um povo na rua, esta metade que não é povo para eles. Não me importo de morrer pela democracia", afirmou Miriam Palacio, 62 anos, na avenida Francisco de Miranda.
Após sair da cerimônia de proclamação na sede do CNE, cercado por milhares de chavistas, Maduro advertiu o prefeito de Chacao, Emilio Graterón, que se "passar um centímetro da legalidade, pagará à justiça".
Os estabelecimentos comerciais permaneciam fechados em várias ruas no leste de Caracas, enquanto a polícia de Chacao vigiava vários pontos, mas sem intervir.
"É uma falta de respeito proclamar Maduro sem a recontagem de todos os votos", concluiu Ana Molina, uma protética de 45 anos.
Na região da Praça Altamira, no leste de Caracas, a polícia militar enfrentou um grupo de opositores com bombas de gás lacrimogêneo, enquanto outros manifestantes ocupavam as ruas do município de Chacao, constatou a AFP.
"Fraude, fraude", gritavam os opositores sobre a proclamação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dando a vitória a Maduro por 50,75% dos votos, contra 48,97% para o opositor Henrique Capriles.
No início da tarde, Capriles convocou uma mobilização popular, com panelaços e passeatas na terça e quarta-feira diante das sedes regionais do CNE para exigir a recontagem dos votos, algo que Maduro qualificou de golpe de Estado.
"Nosso povo vai expressar sua raiva diante de todas as ações por parte de quem detém o poder (...). Nossa luta precisa ser firme, mas pacífica", disse Capriles em entrevista coletiva.
Maduro reagiu acusando a oposição de "golpismo" e convocou contramanifestações para os próximos dois dias.
"Quem pretende vulnerar a maioria da democracia está fazendo uma convocação para um golpe de estado e denuncio que na Venezuela está em andamento a preparação de um ataque às instituições democráticas", disse Maduro em seu discurso após a proclamação da vitória pelo CNE.
"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".
"Sigo propondo a paz e convoco o povo a lutar em paz, a se mobilizar em todo o país pela paz, mobilizações em todo o país amanhã e na quarta-feira", afirmou Maduro em entrevista ao canal estatal VTV.
"Você convocou a violência às ruas e você é responsável frente ao país (...) se houver mortos ou feridos, você é responsável", disse Maduro a Henrique Capriles.
Na avenida Chacao, enquanto manifestantes queimavam lixo, pneus e outros objetos, Rosiris Fernández, uma estudante de turismo de 25 anos, argumentava: "não nos deram outra opção que isto".
"Isto é um modo de mostrar nossa raiva porque roubaram esta eleição. É a única maneira de defender nosso voto. Vamos seguir nas ruas, resistindo", disse a jovem enrolada em uma bandeira venezuelana.
"Aqui houve fraude (...). Aqui há um povo na rua, esta metade que não é povo para eles. Não me importo de morrer pela democracia", afirmou Miriam Palacio, 62 anos, na avenida Francisco de Miranda.
Após sair da cerimônia de proclamação na sede do CNE, cercado por milhares de chavistas, Maduro advertiu o prefeito de Chacao, Emilio Graterón, que se "passar um centímetro da legalidade, pagará à justiça".
Os estabelecimentos comerciais permaneciam fechados em várias ruas no leste de Caracas, enquanto a polícia de Chacao vigiava vários pontos, mas sem intervir.
"É uma falta de respeito proclamar Maduro sem a recontagem de todos os votos", concluiu Ana Molina, uma protética de 45 anos.
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