Milionários, nacionalistas e pró-russos entre os candidatos à Presidência da Ucrânia
KIEV, 19 Mai 2014 (AFP) - Dois milionários, vários candidatos ultranacionalistas, líderes das manifestações em Kiev, seus rivais pró-rusos e a icônica Yulia Tymoshenko estão entre os candidatos à Presidência da Ucrânia na eleição do próximo domingo.
A eleição foi antecipada depois da deposição de Viktor Yanukovytch, em fevereiro, depois de uma onda de manifestações contra o governo pela decisão do ex-presidente de não assinar um acordo de associação com a União Europeia.
- Petro Poroshenko, o rei do chocolate e grande favorito
Proprietário de um próspero grupo que fabrica os chocolates Roshen, Poroshenko ficou rico nos anos 1990 após a queda da União Soviética. Aos seus 48 anos e com uma fortuna avaliada em 1,6 bilhão de dólares, é o único oligarca que não hesitou em pôr sua influência econômica e midiática -com sua rede de televisão Kanal 5- em favor do movimento pró-europeu de Kiev que causou a derrubada de Yanukovytch, de quem havia sido aliado.
Sua popularidade aumentou (tinha 33% de intenções de voto nas últimas pesquisas) e, se chegar à Presidência, prometeu "resolver o problema com a Rússia em três meses".
- Yulia Tymoshenko, um ícone em queda Figura célebre no Ocidente, com sua típica trança loura, Yulia Tymoshenko, o ícone da revolução pró-ocidental de 2004, voltou ao primeiro plano da política ucraniana em fevereiro, pouco depois de deixar a prisão, para onde tinha sido enviada devido a uma condenação durante o governo de Yanukovytch.
Mas a volta da 'dama de ferro ucraniana', de 53 anos, diante da multidão em uma Kiev que ainda chorava as vítimas da repressão, não teve o efeito esperado.
A partir de então, Tymoshenko iniciou um movimento de "resistência" contra a Rússia e promete a entrada na União Europeia. Mas, de acordo com as últimas pesquisas, deve contar apenas com 6% das intenções de voto.
- Serguei Tiguipko, um ex-banqueiro pró-russo Este magnata de 54 anos e ex-banqueiro (4% das intenções de voto) é o único candidato abertamente favorável à Rússia e quer restabelecer as relações econômicas com Moscou, apesar da crise entre os dois países.
Em 2004, foi o chefe da campanha fracassada de Yanukovytch, que não conseguiu conter a Revolução Laranja e a queda de seu candidato. Depois de se distanciar do ex-presidente, Tiguipko voltou a se aproximar de Yanukovytch em 2010 e se tornou vice-primeiro-ministro, liderando uma impopular reforma das aposentadorias.
- Anatoli Gritsenko, um "falcão" partidário da Otan Este ex-ministro da Defesa de 56 anos e partidário da adesão da Ucrânia à Otan acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de querer iniciar uma "Terceira Guerra Mundial" e pede medidas radicais contra a "agressão russa", entre elas a adesão à Otan. Tem 4% das intenções de voto.
- Mikhail Dobkin, inimigo da Maidan Este ex-governador de Kharkiv, antiga capital da Ucrânia, apoiou a repressão aos manifestantes na Praça da Independência de Kiev, a quem chamou de "monstros" e "palhaços". Dobkin, de 44 anos, muito impopular em Kiev, defende uma Ucrânia unida e tem 2,6% das intenções de voto.
- Os ultranacionalistas Oleg Tiagnibok e Dmytro Yarosh Aos 45 anos, Oleg Tiagnibok, líder do partido Svoboda, com vários integrantes no governo interino, conseguiu se impor na política graças a sua defesa do movimento de protesto da Maidan. Mas tem reputação de antissemita.
Dmytro Yarosh, de 42 anos, é o líder do movimento ultranacionalista Pravy Sektor, que radicalizou os protestos em Kiev. É considerado um "fascista" no leste do país e um "terrorista" pelos russos.
A eleição foi antecipada depois da deposição de Viktor Yanukovytch, em fevereiro, depois de uma onda de manifestações contra o governo pela decisão do ex-presidente de não assinar um acordo de associação com a União Europeia.
- Petro Poroshenko, o rei do chocolate e grande favorito
Proprietário de um próspero grupo que fabrica os chocolates Roshen, Poroshenko ficou rico nos anos 1990 após a queda da União Soviética. Aos seus 48 anos e com uma fortuna avaliada em 1,6 bilhão de dólares, é o único oligarca que não hesitou em pôr sua influência econômica e midiática -com sua rede de televisão Kanal 5- em favor do movimento pró-europeu de Kiev que causou a derrubada de Yanukovytch, de quem havia sido aliado.
Sua popularidade aumentou (tinha 33% de intenções de voto nas últimas pesquisas) e, se chegar à Presidência, prometeu "resolver o problema com a Rússia em três meses".
- Yulia Tymoshenko, um ícone em queda Figura célebre no Ocidente, com sua típica trança loura, Yulia Tymoshenko, o ícone da revolução pró-ocidental de 2004, voltou ao primeiro plano da política ucraniana em fevereiro, pouco depois de deixar a prisão, para onde tinha sido enviada devido a uma condenação durante o governo de Yanukovytch.
Mas a volta da 'dama de ferro ucraniana', de 53 anos, diante da multidão em uma Kiev que ainda chorava as vítimas da repressão, não teve o efeito esperado.
A partir de então, Tymoshenko iniciou um movimento de "resistência" contra a Rússia e promete a entrada na União Europeia. Mas, de acordo com as últimas pesquisas, deve contar apenas com 6% das intenções de voto.
- Serguei Tiguipko, um ex-banqueiro pró-russo Este magnata de 54 anos e ex-banqueiro (4% das intenções de voto) é o único candidato abertamente favorável à Rússia e quer restabelecer as relações econômicas com Moscou, apesar da crise entre os dois países.
Em 2004, foi o chefe da campanha fracassada de Yanukovytch, que não conseguiu conter a Revolução Laranja e a queda de seu candidato. Depois de se distanciar do ex-presidente, Tiguipko voltou a se aproximar de Yanukovytch em 2010 e se tornou vice-primeiro-ministro, liderando uma impopular reforma das aposentadorias.
- Anatoli Gritsenko, um "falcão" partidário da Otan Este ex-ministro da Defesa de 56 anos e partidário da adesão da Ucrânia à Otan acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de querer iniciar uma "Terceira Guerra Mundial" e pede medidas radicais contra a "agressão russa", entre elas a adesão à Otan. Tem 4% das intenções de voto.
- Mikhail Dobkin, inimigo da Maidan Este ex-governador de Kharkiv, antiga capital da Ucrânia, apoiou a repressão aos manifestantes na Praça da Independência de Kiev, a quem chamou de "monstros" e "palhaços". Dobkin, de 44 anos, muito impopular em Kiev, defende uma Ucrânia unida e tem 2,6% das intenções de voto.
- Os ultranacionalistas Oleg Tiagnibok e Dmytro Yarosh Aos 45 anos, Oleg Tiagnibok, líder do partido Svoboda, com vários integrantes no governo interino, conseguiu se impor na política graças a sua defesa do movimento de protesto da Maidan. Mas tem reputação de antissemita.
Dmytro Yarosh, de 42 anos, é o líder do movimento ultranacionalista Pravy Sektor, que radicalizou os protestos em Kiev. É considerado um "fascista" no leste do país e um "terrorista" pelos russos.
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