MANILA, 30 Ago 2014 (AFP) - Capacetes azuis filipinos enfrentaram neste sábado rebeldes sírios que os cercavam desde quinta-feira nas Colinas de Golã, anunciou o governo filipino.

Mais de 70 capacetes azuis filipinos estavam bloqueados em duas posições no Golã, no sul da Síria. Foi possível tirar um dos dois grupos, mas o segundo é atualmente alvo de um ataque, declarou o ministro da Defesa, Voltaire Gazmin, à imprensa.

O ministro se referia a duas posições nas Colinas de Golã onde mais de 70 filipinos estavam cercados por rebeldes sírios e se negavam a entregar as armas.

Os tiroteios ocorreram às 06h00 locais (03h00 de Brasília).

O porta-voz do exército, tenente-coronel Ramon Zagala, declarou à AFP que todos os soldados estavam sãos e salvos.

As Nações Unidas anunciaram na quinta-feira que 81 soldados filipinos estavam bloqueados em duas posições nas Colinas de Golã e que 44 militantes de Fiji haviam sido capturados. Posteriormente baixou para 72 o número de filipinos.

Washington acusou o braço sírio da Al-Qaeda, a Frente Al-Nosra, de manter estes militares detidos. Esta frente luta junto com os rebeldes sírios na guerra contra o presidente Bashar al-Assad. Por sua vez, combatem os jihadistas do Estado Islâmico, que até alguns meses eram seus aliados na luta contra as tropas governamentais.

A Força das Nações Unidas de Observação da Separação (UNDOF) no Golã está integrada por 1.223 efetivos de seis países (Índia, Fiji, Filipinas, Irlanda, Holanda e Nepal). Seu mandato foi renovado por seis meses, até 31 de dezembro de 2014.

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