Kiev diz que há mais de 40.000 soldados russos na fronteira com Ucrânia

Em Kiev

Mais de 40.000 soldados russos e centenas de armas pesadas encontram-se na fronteira russo-ucraniana, declarou nesta terça-feira (22) o secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andrii Parubii, diante do Parlamento.

"Durante a última semana ocorreu uma nova mobilização e um reforço das tropas. Atualmente há quase 41.000 militares russos na fronteira com a Ucrânia no norte, no leste, no sul e na Crimeia", a península ucraniana anexada em março à Rússia, disse.

Crise na Ucrânia
Crise na Ucrânia

Segundo Parubii, 150 tanques, 400 blindados e 500 sistemas de artilharia russos encontram-se perto da fronteira em frente a Donetsk, capital da região ucraniana palco de uma insurreição armada pró-russa.

Nesta terça, o Parlamento da Ucrânia aprovou um decreto presidencial de convocação de militares da reserva e homens com menos de 50 anos para combater os rebeldes separatistas no leste do país e defender a fronteira contra a concentração de tropas no lado russo.

Cerca de 45 dias depois da última convocação de reservistas, que agora expirou, o governo em Kiev repetiu o decreto para "declarar e conduzir mobilização parcial", de modo a garantir que as fileiras do que a Ucrânia agora define como "operação antiterrorista" sejam supridas.

Depois da votação, houve breve enfrentamento entre parlamentares nacionalistas e membros do partido que era liderado pelo ex-presidente Viktor Yanukovich, derrubado em fevereiro.

As tropas ucranianas forçaram os rebeldes a recuarem para seus principais redutos, as cidades de Donetsk e Luhansk, retomando lentamente o controle de vilarejos e subúrbios ao redor delas.

O Exército está sob ordens para não recorrer a bombardeios aéreos e artilharia nessas cidades, o que complica as operações para a retomada do controle da área, apesar das acusações do governo central de que os rebeldes foram os responsáveis pela derrubada do avião da Malásia. Os separatistas negam as acusações.

A Rússia recuou a maioria de seus 40.000 soldados que estavam perto da fronteira no começo do ano, reduzindo o contingente para menos de 1.000 em meados de junho. Mas depois o país voltou a ampliar seu efetivo na área, segundo declarou um militar da Otan este mês.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos