NSA planejava localizar Bin Laden rastreando seus remédios
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Abdel Barri Atwan/US Attorney's Office-SDNY/The Guardian
Como uma das estratégias para localizar Osama bin Laden, a NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, na sigla em inglês) considerou a possibilidade de inserir microchips em medicamentos, ou equipamentos médicos, revelou o site de jornalismo investigativo 'The Intercept' nesta quinta-feira (21).
"Marcar e seguir os medicamentos, ou equipamentos médicos, vai-nos permitir cruzar o fosso" que cerca Bin Laden --diz uma apresentação interna da NSA, de junho de 2010, citada por esse site.
A matéria se refere a um documento revelado pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, que trouxe à tona em junho de 2013 um programa de vigilância global dirigido por essa agência americana.
Segundo o memorando, a CIA (Agência Central de Inteligência, em inglês) estimava que Bin Laden tinha várias patologias.
A NSA considerou, então, que seria possível se concentrar em alguns remédios, equipamentos e em possíveis circuitos de abastecimento do chefe da Al Qaeda, como os hospitais do CICR (Comitê Internacional da Cruz Vermelha).
De acordo com o 'The Intercept', "não fica claro" se o projeto foi posto em andamento, ou se foram apenas planos.
Entrevistada pelo 'The Intercept', uma porta-voz do CICR se negou a comentar a informação, ressaltando que sua organização se opõe "a qualquer desvio da ajuda humanitária com outras intenções".
Consultada pela AFP, a NSA também não quis se pronunciar.
O projeto previa uma associação da NSA, CIA, a agência de Inteligência britânica (GHCQ) e laboratórios do governo americano, completou o site.
A CIA planejou uma falsa campanha de vacinação contra a hepatite B em 2011, em Abbottabad, no Paquistão, esconderijo do chefe da Al Qaeda. O objetivo da ação era coletar seu DNA e comprovar sua identidade.
Osama bin Laden foi morto a tiros em 2 de maio de 2011, em uma operação especial americana em sua casa nessa localidade.
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