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China critica "doença crônica" do racismo nos Estados Unidos

Bandeiras dos EUA e da China posicionadas para reunião sobre comércio em Pequim - POOL
Bandeiras dos EUA e da China posicionadas para reunião sobre comércio em Pequim Imagem: POOL

01/06/2020 06h32

A China criticou o que chamou de "doença crônica do racismo" nos Estados Unidos, após a morte de um cidadão negro detido pela polícia, caso que provocou manifestações, algumas violentas, no país.

Os incidentes em várias cidades americanas são o sinal da "gravidade do problema do racismo e da violência policial nos Estados Unidos", declarou à imprensa o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

A revolta nos Estados Unidos foi provocada pela morte em Minneapolis de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, em uma ação de um policial branco.

Zhao fez uma comparação entre a violência nos Estado Unidos com a que sacudiu no ano passado a região semiautônoma chinesa de Hong Kong, em reação à influência de Pequim na ex-colônia britânica.

Para ele, a resposta dos Estados Unidos às manifestações contra a violência policial em seu território é "um exemplo clássico de seus duplos padrões mundialmente famosos".

"Por que os Estados Unidos tratam como heróis os partidários da violência e da suposta independência de Hong Kong, ao mesmo tempo que chamam de 'agitadores' aqueles que protestam contra o racismo?", questionou.

O governo do Irã também criticou a reação do governo americano no caso George Floyd.

"Ao povo americano: o mundo ouviu o grito de vocês sobre o estado de opressão. O mundo está ao lado de vocês", declarou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Abas Musavi.

"E aos funcionários do governo e à polícia americana: parem a violência contra seu próprio povo e deixem que respire", completou.

"Lamentamos profundamente ver o povo americano, que busca de maneira pacífica respeito e não mais violência, reprimido indiscriminadamente e encontrar com a violência máxima", disse Musavi.

Também acusou o grande inimigo da República Islâmica de "praticar a violência e o assédio em casa e no exterior".