Bombeiros ainda buscam sete desaparecidos após desabamento de prédios no Rio
Rio - O secretário de Defesa Civil do Rio e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, informou hoje que ainda há sete vítimas desaparecidas após o desabamento de três prédios no centro da capital, na noite de quarta-feira passada. Com isso, o número de mortos pode chegar a 24, pois 17 corpos já foram retirados dos escombros.
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Até o início da tarde, o número oficial era de cinco desaparecidos. As buscas continuam na área do desmoronamento, no centro da cidade, e se estenderam também para o terreno no município de Duque de Caxias (Baixada Fluminense) onde foi depositado o entulho retirado do local da tragédia. Simões reconheceu que outros corpos podem ter sido levados pelas escavadeiras, por engano, no meio do entulho. Um corpo mutilado foi encontrado ontem no terreno em Caxias.
Associação - Parentes das vítimas fatais do desabamento estão se organizando para a formação de uma associação. A informação partiu da advogada Simone Argolo, que trabalhava no escritório Blater & Galvão, que operava no 13º andar do Edifício Liberdade. De acordo com Simone, farão parte da associação não apenas parentes dos mortos como também as vítimas materiais do acidente.
A advogada, que saiu do prédio cinco minutos antes do desabamento, voltou ao local hoje, em busca de informações dos arquivos de seu antigo escritório. De acordo com ela, o escritório de advocacia funcionava há 30 anos e detinha documentação original de alguns de seus clientes, como passaportes. "Estou aqui para ver se é possível recuperar os documentos. Não estamos atrás das obras de arte ou do mobiliário que tínhamos no escritório, e sim de nossos arquivos".
De acordo com ela, a nova associação deve ser formalizada dentro de dois dias. A entidade pretende pedir a apuração de responsabilidade civil pelo ocorrido, pleitear ressarcimento de danos e de resgate de salvados.