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Zuckerberg 'chocado que esforços em proteger dados pessoais resultem em punição'

17/12/2015 08h23

Mark Zuckerberg, cofundador e presidente-executivo do Facebook, e Jan Koum, cofundador e presidente-executivo do WhatsApp, criticaram a decisão da Justiça brasileira de determinar o bloqueio do WhatsApp por 48 horas. O Facebook comprou o WhatsApp em fevereiro de 2014 por US$ 22 bilhões.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a decisão partiu da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo e segue em segredo de justiça. De acordo com o tribunal, o WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. A empresa foi novamente notificada em 7 de agosto.

Em mensagem publicada no Facebook, Koum diz que a decisão foi míope e isola o Brasil do mundo.

Já Zuckeberg disse estar chocado com o que classificou de decisão extrema de um único juiz. Veja abaixo a tradução em português da mensagem de Zuckerberg.

"Hoje à noite, um juiz brasileiro bloqueou o WhatsApp para mais de 100 milhões de usuários do aplicativo no país.

Estamos trabalhando duro para reverter essa situação. Até lá, o Messenger do Facebook continua ativo e pode ser usado para troca de mensagens.

Este é um dia triste para o país. Até hoje o Brasil tem sido um importante aliado na criação de uma internet aberta. Os brasileiros estão sempre entre os mais apaixonados em compartilhar suas vozes online.

Estou chocado que nossos esforços em proteger dados pessoais poderiam resultar na punição de todos os usuários brasileiros do WhatsApp pela decisão extrema de um único juiz.

Esperamos que a justiça brasileira reverta rapidamente essa decisão. Se você é brasileiro, por favor faça sua voz ser ouvida e ajude seu governo a refletir a vontade do povo.

?#?ConectaBrasil? ?#?ConecteoMundo?"

No perfil de Zuckerbeg, um usuário brasileiro ganhou mais de 4 mil curtidas com a seguinte reação:

"Vou aproveitar essas 48 horas sem whatsapp e sentar na mesa e conversar com um pessoal que tá morando aqui, acho que é minha família '-'", disse.