Em dia de referendo, bombardeios das forças do regime sírio matam 21 pessoas


No Cairo (Egito)

Pelo menos 21 pessoas morreram neste domingo, a maioria delas na cidade de Homs, em consequência dos bombardeios e ações das forças do regime sírio, informou a rede opositora Comitês de Coordenação Local (CCL).

Só em Homs morreram 11 pessoas, entre elas está o imame de uma mesquita, segundo os Comitês, num dia em que a Síria realiza um referendo, boicotado pela oposição, para introduzir reformas constitucionais que permitam a abertura do país ao pluripartidarismo, mas que conservam as prerrogativas do presidente.

Os Comitês identificaram o imame e muezim da mesquita Sad ibn Abi Waqas, Mohammed Nasser Qadaha, como um dos mortos em Homs, mas outras nove pessoas não puderam ser identificadas devido ao estado dos corpos pelo impacto dos bombardeios, que continuam na cidade pela quarta semana consecutiva.

Oito pessoas morreram na cidade de Halfaya, em Hama, quatro das quais ainda permanecem sob os escombros, depois de as Forças Armadas do regime sírio bombardearem casas em bairros residenciais com os moradores dentro.

A rede CCL também informou sobre a morte de uma pessoa na localidade de Maaret Numan, na província de Idlib, e outra em Elma, na província de Deraa.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, além dos 21 civis, quatro militares leais ao regime sírio, entre eles um oficial, morreram em confrontos com o rebelde Exército Livre Sírio (ELS) no bairro de Hamidiya, na cidade de Hama.

Enquanto isso, a oposição convocou greves em diversas cidades do país, que são seguidas nos principais focos da rebelião contra o regime de Bashar al-Assad, como a província de Hama.

Outros lugares onde, segundo os Comitês, há um boicote em massa ao referendo constitucional são Deraa e a área de Dumair, subúrbio de Damasco.

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