Pelo menos 20 pessoas morreram esfaqueadas em massacre na Síria

Damasco, 24 out (EFE).- Cerca de 20 pessoas morreram esfaqueadas nesta quarta-feira na cidade de Duma - periferia de Damasco -, na Síria, num novo massacre em que se acusam mutuamente o regime de Bashar Assad e os rebeldes opositores.

Os habitantes da região informaram por telefone que as vítimas foram assassinadas em suas casas no começo da manhã em uma área próxima à mesquita de Hawa, nessa cidade.

A agência oficial de notícias síria, "Sana", informou que "um grupo terrorista - forma como se refere à oposição armada - perpetrou um horrível massacre em Duma que acabou com a vida de 25 pessoas".

Entretanto, de acordo com algumas testemunhas consultadas, o número de vítimas pode chegar a 40.

A "Sana" afirmou, citando uma fonte local, que os autores dos assassinatos são os membros da chamada Brigada do Islã, liderada pelo terrorista Zaher Allush, que esta atuando nessa área.

Já os grupos opositores acusaram às forças do regime sírio e seus "shabiha" (milicianos pró-governo) pelo massacre e identificaram cerca de 20 mortos.

O Ministério de Informação sírio lembrou em comunicado que "o massacre cometido em Duma por terroristas contra civis" coincide com uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, em referência ao discurso de hoje, em videoconferência, do mediador internacional, Lakhdar Brahimi, diante da organização internacional.

A nota denunciou que o ocorrido em Duma é mais um dos "crimes cometidos" pelos terroristas antes de qualquer reunião sobre a Síria.

Em ocasiões anteriores, nas vésperas das reuniões internacionais, a oposição síria denunciou grandes massacres responsabilizando o regime sírio, que, por sua parte, sempre rejeitou seu envolvimento nos mesmos.

O Ministério de Informação sírio acrescentou que "o silêncio de alguns países sobre estes crimes e o seu fornecimento contínuo de armas e dinheiro para os grupos terroristas, evidenciam o envolvimento estrangeiro em apoiar o terrorismo".

O massacre de Duma acontece dois dias antes do início da festividade muçulmana do "Eid al Adha" e Brahimi propôs uma trégua entre o regime e os rebeldes durante a celebração religiosa.

Brahimi garantiu hoje no Cairo que o governo sírio aceitou o cessar-fogo temporário, da mesma forma que a maioria dos grupos rebeldes, embora ambas as partes ainda não tenham se pronunciado a respeito.

A crise na Síria em fotos
A crise na Síria em fotos

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