Sucessão de Hugo Chávez

Capriles acusa Maduro de aprovar outra desvalorização e destruir o país

Caracas, 20 mar (EFE).- O candidato opositor Henrique Capriles, que concorrerá à Presidência da Venezuela, acusou nesta quinta-feira o governante encarregado, Nicolás Maduro, com quem competirá nas urnas no dia 14 de abril, de aprovar uma nova desvalorização do bolívar e destruir o país nos 100 dias que está à frente do Executivo.

"O que o Governo anunciou ontem é outra desvalorização, outra medida econômica contra os venezuelanos", disse Capriles em um comício em Monagas, no nordeste do páis, um dia depois o Governo apresentou um novo sistema adicional de concessão de divisas através de leilões para importadores.

"Novamente o Governo, que mente ao país todos os dias, introduziu uma outra desvalorização, que significa que os preços vão ser ainda mais caros", acrescentou.

O Governo venezuelano, que desde 8 de dezembro - quando o presidente Hugo Chávez, morto em 5 de março, viajou para Cuba para tratar um câncer - é liderado por Maduro, aprovou em fevereiro uma desvalorização do bolívar de 32% com relação ao dólar.

"Nicolás, em 100 dias, está acabando com os 14 anos do presidente da República. Os senhores imaginam seis anos disto? Eles não estão governando, estão destruindo a Venezuela", disse.

Capriles afirmou que as medidas não prejudicam o Governo, mas o povo, e chamou os venezuelanos para entender que "isto não se trata de uma partido, isto se trata de um país e da vida de todos".

O opostitor também acrescentou que apesar de tudo, há uma "grande oportunidade" não para escolher o presidente e dar um novo rumo ao país.

Além disso, Capriles anunciou que o confronto é com os corruptos e "este grupinho está saqueando" o país.

O Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad) anunciado na terça-feira que o Governo contempla um mecanismo acrescentado para que as empresas possam comparecer aos leilões de divisas oferecidos pelo Governo para realizar operações de importação que passará por verificação prévia e posteriormente com pagamento direto do Banco Central aos provedores.

Capriles, Maduro e outros cinco candidatos concorrem nas eleições de 14 de abril, que elegerá o presidente do país até 2019, em um mandato iniciado em 10 de janeiro por Hugo Chávez, falecido em 5 de março após mais de 20 meses de luta contra o câncer.

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