Opositora venezuelana diz que cassação não a torna menos deputada

  • KCNA/Reuters

    O líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu reunião de emergência em Pyongyang, na Coreia do Norte, na qual decidiu apontar mísseis para os EUA

    O líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu reunião de emergência em Pyongyang, na Coreia do Norte, na qual decidiu apontar mísseis para os EUA

Caracas, 1 abr (EFE).- A dirigente opositora venezuelana María Corina Machado afirmou nesta terça-feira que o fato de que a Suprema Corte tenha confirmado a perda de seu mandato como deputada evidencia que "não há separação" dos poderes do Estado na Venezuela.

"Isso é algo que só acontece em ditadura", porque definitivamente se trata de "uma confabulação" entre o Executivo, o Judicial e o Legislativo, controlados por Nicolás Maduro, que preside um "regime ditatorial", declarou Machado à emissora "Unión Radio" de Caracas.

A perda de seu mandato como deputada foi decidida na semana passada pela maioria governista na Assembleia Nacional (AN, unicameral) e apoiada ontem à noite pela Corte Suprema de Justiça em vista que Machado aceitou a representação alterna do Panamá para assistir a uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A representação "constitui uma atividade incompatível durante a vigência de sua função legislativa no período para o qual foi eleita", afirmou a Sala Constitucional do alto tribunal ao confirmar a perda de imunidade da principal face feminina da oposição a Maduro.

Trata-se de pretextos que pretendem ocultar "um abuso a mais do regime que não me torna menos deputada, nem sequer uma gota a mais", reiterou a dirigente opositora.

"Eu continuo sendo deputada, a despeito daqueles que têm horror à verdade. Agora com mais força e razão - prosseguiu - serei a voz dos cidadãos e seguirei fazendo meu trabalho" em um país que "avança rumo à transição da democracia", sustentou.

Machado confirmou que ainda hoje assistirá a uma concentração no centro de Caracas em seu respaldo e que tem o propósito de chegar à Assembleia Nacional para reassumir sua cadeira.

O canal "TVT" da televisão estatal informou que, na mesma hora, será feita uma manifestação popular a favor do governo de Maduro também no centro da capital venezuelana para pedir que Machado seja julgada por traição à pátria.

A marcha governista irá depois da Procuradoria-Geral até a Assembleia Nacional para apoiar as atuações contra Machado, segundo a convocação da TV estatal venezuelana.

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