Indígenas acampam em Buenos Aires para protestar contra governo

Buenos Aires, 6 jun (EFE).- Representantes das comunidades indígenas argentinas acamparam nesta quinta-feira em frente à sede do Executivo em Buenos Aires para reivindicar direitos e pedir o fim das agressões a seus povos, após a morte em maio de um membro da etnia qom em enfrentamentos com a polícia.

Convocado pela Cúpula Nacional de Povos e Organizações Indígenas da Argentina e a Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos (APDH), o protesto se estenderá por 24 horas, e espera que os manifestantes sejam atendidos em sua reivindicação de serem recebidos em audiência pela presidente argentina, Cristina Kirchner.

Os manifestantes reivindicam, entre outros pontos, um regime especial para as terras indígenas reivindicadas e o acesso efetivo à saúde e à educação, além do fim das agressões, que denunciam ser por parte de governos locais e provinciais.

Políticos de oposição também questionaram hoje o governo de Cristina Kirchner por suas políticas em relação aos indígenas.

"A presidente deixa morrer os povos originais", afirmou a ex-deputada Silvia Vázquez.

"O governo cai em uma absoluta contradição entre o que diz e o que faz, porque nunca teve uma decisão política de acompanhar as exigências destes povos para evitar as violações sistemáticas sobre os mesmos", acrescentou Silvia.

Na mesma linha, o deputado portenho Alejandro Bodart, do Movimento Socialista dos Trabalhadores, declarou em comunicado que a presidente argentina "não pode seguir falando de direitos humanos" e ignorando agressões contra os aborígines.

Pouco mais de 2% da população da Argentina é indígena, número que sobe para 4% na província de El Chaco e para 6% na de Formosa, segundo o último censo argentino, de 2010.

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