Justiça egípcia decreta prisão preventiva de 15 dias para Mursi
comentários 1

No Cairo

Ouvir texto
0:00
Imprimir Comunicar erro

A justiça egípcia ordenou nesta sexta-feira (26) prisão preventiva de 15 dias para o deposto presidente Mohammed Mursi por sua suposta ligação com o grupo palestino Hamas para perpetrar "ações inimigas contra o país" e pela invasão a uma prisão.

O juiz Hassan Samir, do Tribunal de Apelação da capital, adotou esta medida depois de interrogar a Mursi, que está retido pelo Exército, sobre as provas apresentadas no caso, informou a agência de notícias estatal "Mena".

Egito em transe

  • As sucessivas crises e confrontos no Egito tem raízes antigas. Entenda mais sobre a história recente do país Clique Aqui

Após o golpe de estado militar que o depôs no último dia 3 de julho, Mursi se acha em paradeiro desconhecido, mas retido pelo Exército.

Desde essa data, a procuradoria emitiu várias ordens de prisão contra dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles seu guia espiritual, Mohammed Badía, por seu suposto envolvimento em atos de violência.

Além de ser acusado de colaborar com o Hamas, Mursi é suspeito de ter participação no ataque a instalações das forças de segurança e na invasão do presídio de Wadi Natrun, no norte do Cairo.

Mursi também é suspeito de estar envolvido no assassinato de alguns presos e oficiais da Polícia, assim como no sequestro de altos cargos de segurança.

Ampliar

Crise no Egito200 fotos

1 / 200
4.jun.2015 - Apoiadora do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak protesta na Suprema Corte, no Cairo, nesta quinta-feira (4), durante a decisão do tribunal de que seja refeito o julgamento de Mubarak sobre a acusação de cumplicidade na morte de manifestantes durante a revolução de 2011. O ex-presidente, que no último dia 16 foi condenado à morte, não poderá recorrer. O novo julgamento deve começar em 5 de novembro Imagem: Khaled Elfiqi/Efe

Outras acusações também o enquadram na fuga da prisão de Wadi Natrún e na facilitação da fuga de outros reclusos, além de destruir documentos do presídio e de assaltar delegacias.

Mursi esteve recluso em Wadi Natrun durante a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak entre janeiro e fevereiro de 2011, mas conseguiu escapar dois dias após sua detenção graças ao caos que reinava nos presídios após a fuga dos agentes.

No último dia 4 de julho, a justiça egípcia emitiu uma ordem para proibir a saída de Mursi do país por supostamente ter insultado o Poder Judiciário junto a outros oito dirigentes da Irmandade Muçulmana.

Há três dias, o chefe do governo islamita palestino do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, negou todo envolvimento de seu movimento no Egito e pediu à imprensa egípcia parar de publicar acusações "falsas".

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

comentários 1

Avatar do usuário

Avatar do usuário

960

Compartilhe:

Ao comentar você concorda com os termos de uso

  • Todos
  • Mais curtidos
  • Escolha do editor
    Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
    Leia os termos de uso

    UOL Cursos Online

    Todos os cursos