Israel liberta mais 26 "presos veteranos" palestinos em cumprimento de acordo


Em Jerusalém

Israel libertou à zero hora desta quarta-feira (30) --data local-- outros 26 presos palestinos que cumprem pena desde antes dos acordos de paz de Oslo de 1993, em cumprimento à segunda fase do acordo entre os governos para reiniciar as negociações de paz.

Fontes do Serviço de Prisões informaram que cinco dos presos foram deixados do lado palestino da passagem de Erez, na Faixa de Gaza, enquanto outros 21 saíram da prisão com destino à passagem de Betunia, ao sul de Ramala, para serem entregues à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Os presos estavam concentrados desde o fim de semana na prisão de Ofer, a única que o serviço israelense de prisões tem em território ocupado. Hoje foram identificados e passaram por revisões médicas para verificar seu estado de saúde.

A libertação aconteceu com uma hora de atraso depois que esta tarde a Corte Suprema israelense rejeitasse um recurso apresentado pela associação de vítimas do terrorismo, Almagor, contra a libertação desta segunda rodada de presos.

O primeiro grupo, também de 26, foi solto em agosto. Todos eles fazem parte de um total de 104 palestinos que o governo israelense se comprometeu a libertar conforme avanço o processo de negociação mantido com os palestinos.

A edição eletrônica do jornal "Yedioth Ahronoth" informou que esta tarde, enquanto os presos eram preparados para a libertação, os negociadores israelenses e palestinos voltaram a se reunir.

É a 14ª rodada de contatos desde que o processo de negociação de paz foi iniciado em julho sob absoluta discrição.

A chegada dos cinco presos a Gaza, governada pelo movimento islamita Hamas, passou quase despercebida em nível oficial, e só seus familiares esperavam do lado palestino com cartazes e bandeiras.

Pelo contrário, em Ramala, centenas de pessoas se concentraram desde o fim da tarde com bandeiras e grandes fotografias dos presos para receber o grupo. Ainda haverá cerimônia que contará com a participação do presidente Mahmoud Abbas e que deve contar com a participação de milhares de palestinos.

Segundo o protocolo para estes casos, antes das boas-vindas oficial no complexo de Muqata, os 21 presos visitarão o túmulo do líder palestino Yasser Arafat para depositar uma coroa de flores.

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