Netanyahu: "O acordo com o Irã é um erro histórico"
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Gali Tibbon/EPA/Efe
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou acordo selado entre Irã e potências
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou neste domingo (24) sua mais enérgica rejeição ao acordo alcançado pelo Grupo 5+1 em suas negociações com o Irã, que descreveu como "um erro histórico".
"O que se estipulou em Genebra não é um acordo histórico, mas um erro histórico (...). Hoje o mundo se transformou em um lugar muito mais perigoso", disse Netanyahu ao começar a reunião semanal com seu Conselho de Ministros.
Em seu habitual discurso público, antes dos debates a portas fechadas, considerou que os resultados do acordo significam que "o regime mais perigoso do mundo deu um passo significativo para conseguir a arma mais perigosa do mundo".
Israel não foi surpreendido pelo acordo alcançado nesta madrugada, mas frustrado pelo Irã não ser obrigado a desmantelar suas instalações para o enriquecimento de urânio e a que possa seguir mantendo em seu território o material enriquecido até 5%.
Trata-se de algumas das condições que o Conselho de Segurança da ONU havia imposto a Teerã para conseguir suspender as sanções internacionais, mas que ficaram fora do acordo desta madrugada.
"As potências aceitaram o enriquecimento de urânio (pelo Irã) ignorando completamente as resoluções do Conselho de Segurança que elas mesmas lideram", se queixou o primeiro-ministro israelense.
Entenda
Veja respostas para algumas das questões sobre as atividades nucleares do Irã, que motivam uma disputa entre o país e as potências que integram o Conselho de Segurança
O líder também advertiu que seu governo não será "comprometido" pelo documento.
"Israel tem o direito e a obrigação de se defender de toda ameaça e quero esclarecer: não deixaremos que o Irã desenvolva armas nucleares", concluiu o primeiro-ministro israelense.
Nos últimos anos, o Irã ameaçou em várias ocasiões "apagar do mapa" o Estado judeu.
No ano passado Israel parecia decidido a realizar uma operação militar contra as instalações nucleares do Irã, que Washington freou mediante uma grande pressão diplomática e revelando alguns detalhes muito confidenciais das limitações de sua capacidade militar.
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