Crescimento dos EUA é revisado para cima, economia está em base mais firme

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON, 20 Dez (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em quase dois anos no terceiro trimestre, informou o governo nesta sexta-feira ao revisar para cima as estimativas de gastos empresariais e do consumidor.

As amplas revisões indicam certa força intrínseca na economia, o que pode ajudá-la a absorver melhor o impacto de uma redução esperada no acúmulo de estoques neste trimestre.

O Federal Reserve, banco central dos EUA, concedeu à economia voto de confiança na quarta-feira ao anunciar que irá reduzir suas compras de títulos de 85 bilhões de dólares ao mês em 10 bilhões de dólares a partir de janeiro.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 4,1 por cento, em vez do ritmo de 3,6 por cento divulgado anteriormente neste mês, informou o Departamento de Comércio em sua terceira estimativa.

Esse foi o ritmo mais veloz desde o quarto trimestre de 2011, acelerando ante o trimestre de abril até junho, quando houve crescimento de 2,5 por cento.

Economistas esperavam que o PIB do 3º tri não fosse revisado, mantendo a expansão de 3,6 por cento.

"Esse é um relatório razoavelmente sólido", disse o economista sênior Ryan Sweet, da Moody's Analytics em West Chester, acrescentando que a mistura de fatores no relatório foi mais positiva que o esperado.

"Inicialmente, foi uma história sobre os estoques. Agora com essa mistura, é favorável para o quarto trimestre e para o início de 2014. A redução de estoques parece menos ameaçadora e será razoavelmente gradual".

Os gastos empresariais aumentaram a uma taxa de 4,8 por cento, em vez de 3,5 por cento divulgado anteriormente. Isso refletiu o crescimento mais forte nos produtos de propriedade intelectual, como software, pesquisa e desenvolvimento, além de entretenimento.

Também houve revisões para cima no consumo. Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi revisada em 0,6 ponto percentual, para taxa de 2 por cento. As revisões refletiram gastos maiores com bens e serviços ante a divulgação anterior.

Os gastos do consumidor cresceram a uma taxa de 1,8 por cento no segundo trimestre.

Os gastos empresariais com equipamentos foram revisados para cima, para taxa de 0,2 por cento. Eles haviam ficado inalterados na divulgação anterior.

Isso fez a demanda doméstica subir a uma taxa de 2,3 por cento, em vez do ritmo de 1,8 por cento comunicado pelo governo no início deste mês.

O aumento de exportações também foi revisado para cima, em 0,2 ponto percentual, para taxa de 3,9 por cento.

Os gastos com construção de moradias foram reduzidos em 2,7 pontos percentuais, para 10,3 por cento no terceiro trimestre.

Um grande acúmulo de estoques também respondeu por grande parte do aumento no crescimento do PIB no trimestre de julho a setembro. Isso deixou os economistas esperando uma desaceleração no ritmo de acúmulo de estoques, que irá prejudicar o crescimento do quarto trimestre.

As empresas acumularam 115,7 bilhões de dólares em estoques. Em comparação, as estimativas anteriores eram de 116,5 bilhões de dólares.

Até agora, há poucos sinais de que as empresas estão recuando, com os estoques nas varejistas, concessionárias e atacadistas aumentando de maneira sólida em outubro.

(Reportagem adicional de Richard Leong em Nova York)

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