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Covid-19: Anúncio de vacina não muda postura de governos europeus que mantêm lockdown

22/11/2020 08h25

Apesar dos anúncios promissores sobre vacinas e tratamentos contra a covid-19, países europeus preferem manter a cautela e continuar aplicando regras para diminuir os contados sociais da população e conter o avanço da pandemia.

Este é o caso da França. Um discurso oficial do presidente Emmanuel Macron está previsto para terça-feira (24), quando o presidente não deve anunciar o fim do lockdown, mas uma flexibilização do confinamento que começou em 30 de outubro.

Em entrevista ao Journal du Dimanche, publicada neste domingo (22) o presidente francês afirmou que quer acabar com a "incerteza" sobre a crise sanitária e trazer "clareza" e "orientação" com seu discurso de terça-feira.

O porta-voz do governo, Gabriel Attal, precisa na mesma publicação, que a flexibilização deve ser feita em três etapas e "de acordo com a evolução sanitária e os riscos ligados a certas atividades".

A primeira data seria 1° de dezembro, quando comerciantes esperam poder abrir suas lojas. A segunda etapa começaria na véspera das festas de fim de ano e deve regular as viagens entre regiões. A última etapa de relaxamento, só deve acontecer em 2021 e poderia liberar setores de atividades com forte risco de contaminação como academias, shows, espetáculos, restaurantes e bares.

Reino Unido

O governo britânico também se reúne neste domingo para discutir um plano para o fim do lockdown anunciado para 2 de dezembro. A Inglaterra deve então voltar a um sistema de restrições locais a três níveis, mas com mais zonas no nível máximo de alerta para "preservar os resultados do confinamento", segundo comunicado do de Downing Street.

Após aprovação, o plano será apresentado, na segunda-feira (23) ao Parlamento e deve "expor as modalidades para as pessoas verem suas famílias no Natal", afirma o comunicado, lembrando que "os ministros indicaram claramente que este não será um período de festas normal".

No sábado, novas medidas de restrição foram aplicadas em onze zonas da Escócia e um novo confinamento de duas semanas foi anunciado na Irlanda do Norte.

Portugal

Enfrentando um número crescente de novas contaminações, o governo português decidiu no sábado (21) reforçar as restrições e fechar escolas e serviços públicos nos dias 30 e 7 de dezembro.

O país foi dividido em quatro zonas que, a partir de terça-feira, serão categorizadas segundo diferentes níveis de restrições, de acordo com o primeiro-ministro Antonio Costa. Em todo o país, as viagens entre municípios serão proibidas entre 27 de novembro e 2 de dezembro e de 4 a 9 de dezembro.

Somente 65 municípios entre os 308 que conta o país estão na categoria de risco moderado e podem escapar do toque de recolher noturno e da obrigação de trabalhar em casa impostos aos municípios que têm risco elevado. A partir do nível de risco muito elevado, onde está a região de Lisboa, um toque de recolher é imposto a partir das 13 horas nos fins de semana e feriados.