Musa do Acadêmicos do Baixo Augusta promete Carnaval 'escandaloso'

O Acadêmicos do Baixo Augusta, que tradicionalmente promove a diversidade e a resistência nas ruas, promete um Carnaval "escandaloso" em 2019. Ao menos é o que pretende Márcia Dailyn, atriz, primeira bailarina transexual a se formar pelo Theatro Municipal de São Paulo, que é musa do bloco.
"É um desbunde o que vem por aí. O desfile terá performances de teatro, dança e um escandaloso figurino", adianta a musa. "Que Pais É Esse é o tema do Carnaval 2019 e vamos responder com [os lemas do bloco]: É Proibido Proibir e A Cidade É Nossa", completa.
Dailyn contou ainda que está se dedicando à elaboração do figurino para que ele represente bem os temas do bloco, que se confundem com sua própria história de vida. "Uma das ideias é trazer o tema presente no figurino e representar em performance o que estamos vivendo nos dias de hoje. Levar para a avenida poesia, liberdade, diversidade, respeito, movimento de união, democracia e resistência", explica.
Aos 40 anos de idade, a representante do bloco paulistano foi a primeira transexual a se formar bailarina do Theatro Municipal de São Paulo, estudou na escola de teatro Bolshoi em Joinville, faz parte da Cia. De Teatro Os Satyros e trabalha na famosa boate The Week.
Uma vez por ano ela brilha como destaque da folia, mais uma de suas paixões além do teatro e do balé, e revela a receita para contagiar a multidão. Em 2018, o bloco atraiu mais de 1 milhão de pessoas para a Rua da Consolação.
"Primeiro lugar fazer com amor, ter atitude se renovar a cada ano. Agora é o momento extravasar colocar nossos diretos de igualdade pensamentos. Sou alegre divertida vivo feliz com todos ao meu redor. Em 2019, a cidade é nossa!", diz, reforçando o lema do grupo.
"Eu tenho duas deusas do samba [como inspiração]: Monique Evans e minha amiga Sabrina Sato. Elas são artistas únicas, maravilhosas", elogia a Dailyn.
A atriz saiu da cidade de Jales, no interior de São Paulo, aos 18 anos para tentar a vida na capital, e suas conquistas na carreira artística chamaram a atenção de Daniel Faustino, da Faustino Filmes, que produziu um documentário sobre a vida dela. Vivo Assim e Vou Viver Assim foi selecionado para participar do 12º For Rainbow, Festival de Cinema e de Cultura da Diversidade Sexual, realizado no final de novembro em Fortaleza, no Ceará.
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