Bloco em homenagem a Rita Lee faz prévia no aniversário de SP

O dia do aniversário de São Paulo, sexta (25), acabou com uma festa bem paulistana: uma homenagem à cantora Rita Lee, que, como escreveu Caetano Veloso, é a mais completa tradução de Sampa. O ensaio do bloco Ritaleena reuniu fãs da roqueira e animados foliões na Casa Natura Musical, em Pinheiros.
"Esse ano, nosso tema no Carnaval é 'Rita Lee Mutante', porque a ideia é celebrar a Rita Lee que sempre se reinventa", explica a cantora Alessa Camarinha, uma das fundadoras do bloco. "E a gente quer que as pessoas 'mutem' e não 'mitem'", completa, fazendo trocadilho em referência ao presidente Jair Bolsonaro - chamado de mito por alguns de seus apoiadores
Criado há 5 anos, o bloco é um dos maiores do Carnaval de rua de São Paulo, e sempre no dia 25 de janeiro faz sua prévia, aproveitando o aniversário da cidade.
Segundo Alessa, o grupo achou uma maneira de celebrar a metrópole fazendo uma reverência à "melhor e mais autêntica" artista paulistana. No repertório do Ritaleena, claro, só se tocam músicas de Rita Lee - com roupagem de axé, marchinhas e frevos. "No Rio, em Salvador e no Recife, no Carnaval, as pessoas cantam suas ruas, ladeira, cidade. A gente tinha inveja. A gente queria cantar a nossa cidade também, e só podia ser Rita Lee".
Para a advogada Juliana Bennedeti, que foi à prévia na sexta, "é extremamente simbólico comemorar a cidade celebrando uma mulher singular" como Rita Lee. "Ela é revolucionária, contestadora, irreverente e forte, um exemplo para todas nós", afirma. "Eu gosto desse bloco porque é uma grito de liberdade feminino."
Em visita à cidade, o publicitário curitibano Marcelo Caruso resolveu conhecer o bloco justamente pelo repertório. "Não conheço o Carnaval da São Paulo, e fiquei curioso quando soube do Ritaleena. É uma ideia maravilhosa, estou adorando", diz.
O Ritaleena desfila em duas datas. O desfile principal é em 23 de fevereiro, às 14h, em Pinheiros, com previsão de reunir 30 mil pessoas, segundo os organizadores. O bloco vai às ruas novamente em 3 de março, na Mooca, num formato descentralizado, como explica Alessa Camarinha. "Queríamos tirar o foco dos bairros já tradicionais do Carnaval, e levar a levar a palavra de Rita Lee para outros lugares", brinca. Segundo ela, são esperadas 15 mil pessoas nesse segundo dia.
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