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Decisiva, região Sudeste tem eleitor dividido sobre problemas do país
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Recorte da mais recente rodada de pesquisas Genial/Quaest, feito com exclusividade para a coluna, mostra que a populosa região Sudeste, considerada decisiva no resultado da eleição presidencial, está longe de apresentar, na visão de seus eleitores, uma homogeneidade quanto aos principais problemas do país.
Essa dificuldade deverá obrigar os candidatos a buscar uma modulação em seus discursos conforme cada Estado, tarefa sempre muito difícil, segundo marqueteiros e especialistas em comunicação. A região Sudeste, conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), concentra 42,5% do eleitorado brasileiro.
Lula (PT), por exemplo, não poderá se valer apenas da recuperação da economia, sua principal bandeira até agora, se quiser abrir boa vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). O inverso também é verdadeiro para o atual presidente: sem convencer parcela expressiva da população do Sudeste de que a vida financeira das famílias poderá melhorar em um eventual segundo mandato, dificilmente ele construirá na região um estoque de votos suficientes para vencer a disputa, já que está em dificuldade no Nordeste.
Em linhas gerais, na escala de preocupações dos eleitores, a violência aumenta de Minas Gerais para São Paulo e para o Rio. Com a economia ocorre justamente o inverso. Esse recorte se torna ainda mais relevante neste momento em que a Quaest mostra um estreitamento da vantagem de Lula na região.
Outro dado revelador é de que a pandemia da covid-19, mesmo não sendo apontada como o problema do país, ainda é capaz de gerar aflição em parcela expressiva dos eleitores do Sudeste. Ou seja, o tema, de grande desgaste para Bolsonaro, ainda deverá ter forte apelo eleitoral neste ano.
Segundo a Quaest Consultoria e Pesquisa, eleitores mineiros e paulistas, 30% em cada estado, apontam a economia como o principal problema a ser combatido pelo futuro presidente. No Rio de Janeiro, porém, a prioridade passa a ser a violência (37%).
Em Minas Gerais, a violência é a prioridade para apenas 3% dos entrevistados, atrás da pandemia, que responde por 27%. Essa preocupação dos mineiros com a economia pode favorecer Lula, que tem focado sua pré-campanha até aqui nesse tema.
Em direção aposta, 37% dos eleitores do Rio enxergam a violência como o principal problema do país, e apenas 16% apontam a economia. A pandemia preocupa 21%.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, 15% acham a violência o maior problema, 17%, avaliam ser a pandemia.
Jair Bolsonaro lança oficialmente sua candidatura à reeleição neste final de semana no Rio de Janeiro, onde fez toda a sua carreira política. Historicamente, o discurso "linha dura" do presidente sempre focou a segurança pública.
A Quaest Consultoria é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos sobre a corrida presidencial de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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