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Alberto Bombig

REPORTAGEM

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Quaest: Eleitores de Bolsonaro ficam mais decididos, e os de Lula, menos

Segundo a Quaest, 78% dizem que votarão em Bolsonaro e não cogitam mudar de candidato, já com Lula esse índice é de 74% - EPA
Segundo a Quaest, 78% dizem que votarão em Bolsonaro e não cogitam mudar de candidato, já com Lula esse índice é de 74% Imagem: EPA

Colunista do UOL

18/08/2022 10h29

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Recorte exclusivo para a coluna da mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que permanece estável, a quase um mês e meio do primeiro turno das eleições e neste início oficial da campanha eleitoral, a convicção dos eleitores brasileiros em relação a seus candidatos.

O dado mais relevante, porém, é que os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) ficaram mais decididos, e os de Lula (PT), menos, conforme mostra a série das pesquisas e os gráficos.

Os eleitores do petista e do atual presidente são os mais convictos: 78% dizem que votarão em Bolsonaro e não cogitam escolher um outro candidato; 74% afirmam que votarão em Lula e que não mudarão de ideia até o dia da eleição. Esse cenário indica a dificuldade que os dois favoritos terão de tirar votos um do outro.

Mas, nesse grupo, Bolsonaro subiu cinco pontos percentuais desde o início do mês, quando o atual presidente tinha 73% de eleitores convictos, enquanto Lula baixou de 78% para os atuais 74% (no limite da margem de erro de dois pontos percentuais).

Em sentido inverso, diminui o percentual dos eleitores do presidente que cogitam mudar de voto: caiu de 27% para 22%. Entre os apoiadores do petista, esse índice foi de 21% para 25%.

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Imagem: Quaest

A boa notícia para Lula é que os que ainda consideram mudar de opção estão majoritariamente entre os que não se declaram eleitores de Lula ou de Bolsonaro . Ou seja, é possível inferir que os que têm intenção de votar em Ciro Gomes (PDT) ou em Simone Tebet (MDB), por exemplo, podem ser decisivos para levar ou não a disputa para o segundo turno.

Ciro Gomes tem 6% das intenções de voto e está empatado tecnicamente com Simone Tebet, que aparece com 3%. Há grande expectativa nos bastidores da campanha de Lula de que os eleitores de ambos possam optar pelo petista para decidir a eleição ainda no primeiro turno.

Segundo o recorte da pesquisa, 65% dos entrevistados afirmam que suas escolhas são definitivas e 33% dizem que ainda podem mudar o voto se algo acontecer. São exatamente os mesmos índices do início deste mês. Apenas 1% não souberam ou não quiseram responder.

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Imagem: Quaest

Entre os que declararam que ainda podem mudar de opção daqui até a eleição, em 2 de outubro, 67% são eleitores de outros candidatos que não são Lula nem Bolsonaro. Nesse grupo, apenas 32% estão convictos da opção. É exatamente nessa faixa que a campanha de Lula pretende buscar votos para tentar liquidar a eleição no primeiro turno.

Como Lula tem 45% das intenções de voto na mais recente pesquisa Quaest e a soma dos outros candidatos dá 42%, o petista pode ganhar no primeiro turno, mas a margem de erro não assegura a vitória neste momento. Por isso, um derretimento completo de Ciro Gomes ou mesmo de Tebet pode definir a eleição.

O levantamento realizou entrevistas com 2.000 pessoas face a face, entre os dias 11 e 14 de agosto. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01167/2022 e custou R$ 139.005,86.