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Alberto Bombig

REPORTAGEM

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Alckmin busca PGR para que Bolsonaro pare de 'mentir e atacar sua honra'

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) em evento de campanha, em São Paulo - Ricardo Stuckert
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) em evento de campanha, em São Paulo Imagem: Ricardo Stuckert

Colunista do UOL

25/09/2022 17h22Atualizada em 26/09/2022 18h29

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O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), ingressará com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro (PL). Ele pedirá à PGR que solicite à Justiça a investigação e punição do presidente pela prática dos crimes de calúnia e injúria.

Alckmin também quer a "adoção de medida cautelar que tenha a finalidade de coibir a reiteração da prática delituosa de assacar mentiras e ofensas à honra do representante".

No sábado (24), em comício em Campinas (SP), o presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, acusou Alckmin de ter roubado a merenda escolar das crianças enquanto era governador de São Paulo. "Do meu lado na minha chapa dois militares soldados do Brasil. Do lado de lá dois ladrões, um roubou o Brasil e o outro roubou merenda", disse o candidato do PL.

"Evidencia-se que o candidato representado adota como estratégia de campanha a habitualidade de prática criminosa contra a honra de seus adversários, o que precisa ser severamente apurado e punido", diz trecho da representação preparada pela defesa de Alckmin.

A representação destaca ainda que o ex-governador (então no PSDB) foi investigado, em seu último mandato à frente do estado (2015-2018), no caso que ficou conhecido como "cartel da merenda" ou "máfia da merenda" no governo de São Paulo, "mas que nada foi apurado que o pudesse comprometer".

"Dessa maneira, requer-se seja estabelecida multa de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para o caso de reiteração das ofensas contra o requerente atinentes ao caso das merendas", diz a representação.

"Em face do exposto, confia o requerente que V. Exa. requererá a adoção de medida cautelar contra o representado, para impedir que este prossiga em sua sanha criminosa, assim como proporá a competente ação penal, a fim de que seja ele condenado pelos crimes de calúnia e injúria." A coluna não conseguiu estabelecer contato com a defesa de Bolsonaro.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou a primeira versão deste texto, Alckmin não pediu à PGR que proíba Bolsonaro de mentir e atacar sua honra, e sim que a Procuradoria-Geral da República solicite à Justiça a investigação e punição do presidente pela prática dos crimes de calúnia e injúria.