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Alberto Bombig

REPORTAGEM

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Deputados já pressionam Tarcísio por indicações em órgãos de SP

Tarcísio de Freitas durante cerimônia de posse na Assembleia Legislativa de São Paulo -  SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Tarcísio de Freitas durante cerimônia de posse na Assembleia Legislativa de São Paulo Imagem: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

05/01/2023 16h28Atualizada em 05/01/2023 16h30

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Recém-empossado no governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) já está sofrendo pressão política de aliados. As indicações para a formatação final do primeiro e do segundo escalões da máquina pública estão dificultando os primeiros entendimentos entre o novo governador e os principais líderes da Assembleia Legislativa.

Representantes de partidos importantes que estiveram com Tarcísio na campanha eleitoral, incluindo o PL e o próprio Republicanos, e devem compor sua base de apoio no Legislativo afirmam que não estão sendo contemplados na formação do novo governo e cobram espaço.

Conforme promessa de campanha do novo governador, as equipes técnicas colocadas por ele até agora na gestão estadual, segundo apurou a coluna, estariam desprezando as indicações da base em vários postos da estrutura governamental e, na visão dos deputados, travando a composição política.

Um ponto de desacordo entre Executivo e Legislativo é que, ainda segundo os deputados, Tarcísio "importou" muitos gestores que estiveram com ele em Brasília ou em outros postos importantes do governo de Jair Bolsonaro (PL), em detrimento dos quadros estaduais.

Os principais entraves seriam as nomeações para diretorias e cargos executivos nas empresas controladas pelo governo, como Sabesp, Emae e Metrô, por exemplo. Também há pressão por indicações na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e no Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica).

Deputados estaduais do PL, partido de Jair Bolsonaro, do PP, do PSDB, da União Brasil e do Republicanos querem indicar nomes para postos importantes nessas estruturas, em troca de formar uma base sólida e votar com o governo na Assembleia. Mas o Palácio dos Bandeirantes, por ora, tem travado as negociações.

Os parlamentares fizeram chegar ao governador, empossado no domingo passado (1) pela Assembleia, que aceitam a indicação de técnicos, desde que sejam os com carreira consolidada nas empresas ou estruturas de governo, ou seja, uma forma de "apadrinhar" politicamente as nomeações.

Tarcísio anunciou a intenção de privatizar a Sabesp e a Emae, mas precisará da autorização da Assembleia. A nova legislatura assume seus cargos somente em março deste ano. Até lá, o novo governador, com a ajuda do secretário de Governo, Gilberto Kassab, tentará formar sua base de apoio.

Se não houver acordo até lá, quando será eleita a nova mesa diretora da Assembleia, líderes ouvidos pela coluna prometem posição de autonomia em relação ao governo estadual.

Segundo o governo paulista, a diretriz para as indicações permanecem as mesmas: critérios técnicos.