Guerra das vacinas: hashtag #Bolsonaro171 lidera trending topics do Twitter
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A lambança do governo federal no anúncio do plano de vacinação, enviado sem prazos ao STF, com o nome de pesquisadores que não aprovaram o projeto, levou a hashtag #Bolsonaro171 a ser o assunto mais comentado do domingo no Twitter do Brasil.
Trata-se de uma referência ao artigo do Código Penal que tipifica o crime de estelionato. Foi exatamente o que o Ministério da Saúde praticou com a população brasileira, ao preparar às pressas um plano sem pé nem cabeça, depois de ser cobrado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que deu um prazo de 48 horas para que as lacunas sejam preenchidas.
Eleito e governando pelas redes sociais, ao completar dois anos de governo com 37% de aprovação no Datafolha, o verbete "Fora Bolsonaro" já conta com 46 milhões de citações no Google, enquanto "Bolsonaro 2022" tem 14,4 milhões.
Nas buscas no Google encontrei os seguintes números de expressões associadas ao nome Bolsonaro:
- Vacinação - vem em primeiro lugar, com 57,8 milhões de citações, mostrando a maior preocupação dos brasileiros no momento.
- Impeachment - 8,6 milhões
- Interdição - 1,6 milhões
- Criminoso - 2,5 milhões
- Homicida - 205.000
- Genocida - 799.000
- Quadrilha - 2,7 milhões
- Demente - 117.000
- Rachadinhas - 2 milhões
- Milícias - 1,8 milhão
- Abin - 8,2 milhões
- Polícia Federal - 23 milhões
- Tirano - 457.000
- Fascista - 1.020.000
- Gabinete do ódio - 630 mil
- Queiroz - 5,8 milhões
- Estelionato eleitoral - 184 mil
Brasileiros acham que o presidente não tem culpa. Quem tem, então?
Só falta Bolsonaro declarar guerra ao Twitter e ao Google. Se for para o general Heleno, do GSI, mandar enquadrar na Lei de Segurança Nacional todos os que são críticos do presidente, não haverá prisões para todos.
Apesar dessas associações pouco lisonjeiras — qualquer um pode conferir no Google—, não é preciso chamar ninguém da Abin: para 52% da população, Bolsonaro não tem culpa nenhuma pelas mortes na pandemia, embora 42% avaliem como ruim ou péssima sua atuação em relação à crise sanitária, segundo o Datafolha.
Só 8% o consideram o principal culpado, enquanto 30% aprovam sua atuação.
Os governadores, tão criticados pelo presidente, têm uma avaliação melhor na condução da pandemia: 41% de ótimo/bom e 30% de ruim/péssimo, índices exatamente opostos aos de Bolsonaro.
De quem será a culpa, então? Só pode ser do povo que sempre confia nas declarações de Bolsonaro contra o distanciamento social: 21% dos entrevistados (37% nunca confiam).
E assim a vida segue.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.