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O dono da bola: só faltou Abel tirar o apito e dar cartão vermelho ao juiz
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Que o Palmeiras tem o melhor time, o melhor elenco, o melhor técnico, a melhor diretoria, o melhor estádio o cofre mais recheado e até o melhor avião dos clubes brasileiros, tudo do bom e do melhor, estamos todos de acordo.
Não precisava querer também ter o juiz das suas partidas. Mas Abel Ferreira não se conforma com isso.
Após um lance banal, no começo do jogo contra o São Paulo, no Morumbi, quando o Palmeiras já vencia por 1 a 0, com um belo gol de Gabriel Menino, no Morumbi lotado, o técnico luso teve mais um chilique, como tem acontecido em todos os jogos.
Pulou do banco, começou a gesticular como um alucinado e, dedo em riste, correu em direção do gramado, indo para cima do juiz, que foi recuando. No caminho, ameaçou bater no atacante são-paulino Calleri.
Qualquer outro técnico teria sido expulso ali no ato e levado pelo policiamento para se acalmar no vestiário.
Só que Abel Ferreira pensa que é o dono da bola, não admite ser contrariado. A partir dali, ele controlou o jogo diante de um juiz intimidado. E acabou tomando só um cartão amarelo, que saiu barato. Estava vendo a hora em que ele tiraria o apito do bom juiz Rafael Klaus, e lhe daria um cartão vermelho.
Reincidente contumaz, Abel, que se acha perseguido pelos juízes e pela imprensa, na próxima expulsão deveria tomar logo uns 10 jogos de suspensão para aprender que técnico é técnico, e juiz é juiz. Quem sabe assim, ele poderia até ser contratado pela CBF para assumir a seleção. Qualidades não lhe faltam. Mas não dá para ser tudo ao mesmo tempo. O poderoso Palmeiras não precisa disso.
Vida que segue.
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