Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Exército desiste de indicar substituto de coronel excluído e critica TSE
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Centro de Comunicação Social do Exército informou em nota, na tarde desta quarta-feira (10) que desistiu de indicar um substituto para o coronel do Exército Ricardo Sant'Anna da equipe das Forças Armadas que atua na Comissão de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação, após decisão do ministro e presidente do TSE, Edson Fachin, de excluir o militar por disseminação de notícias falsas.
Segundo apurou a coluna, o Exército chegou a avaliar alguns nomes antes da desistência, que teria sido acertada com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio. O objetivo de não indicar um novo nome seria "encerrar o assunto e tentar virar a página".
Apesar de fontes da caserna afirmarem que a conduta do coronel deve ser alvo de um processo administrativo, na nota divulgada hoje, o Exército afirma que o coronel "foi selecionado mercê de sua inequívoca capacitação técnico-científica e de seu desempenho profissional" e que a os militares já haviam tomado conhecimento das notícias veiculadas de que ele disseminaria notícias falsas, mas que ainda estavam apurando o ocorrido.
"Já no final da semana passada, o Exército, como usualmente faz nesses casos, buscou esclarecer os fatos antes de tomar quaisquer providências, eventualmente precipitadas ou infundadas", diz o texto.
O Centro de Comunicação do Exército critica ainda o fato de o TSE ter se baseado em "apuração da imprensa" e "de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE "descredenciou" o militar".
"Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD nos trabalhos julgados pertinentes", diz o comunicado.
A nota do Exército diz ainda que o trabalho da equipe das Forças Armadas, "particularmente dos representantes do Exército Brasileiro, é eminentemente técnico e realizado de forma coletiva por seus integrantes".
Segundo os militares, a participação de técnicos do Exército na equipe segue as normas e as prerrogativas legais estabelecidas nas resoluções do próprio TSE.
"Assim, não há interferências das posições pessoais dos integrantes nas tarefas das equipes, sendo o trabalho realizado de forma profissional e isenta", afirma o Exército.
Sem citar o questionamento das urnas eletrônicas, discurso encampado pelo presidente Jair Bolsonaro que tem sido respaldado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sergio, a nota afirma ainda que o "Exército tem consciência de suas atribuições e da isenta competência técnica, da dedicação e do comprometimento de seus profissionais".
"Cabe ressaltar que o Exército Brasileiro, Instituição Nacional e Permanente, sempre participou nas ações de Garantia de Votação e Apuração, seja em aspectos de segurança, seja no apoio logístico, particularmente, nos rincões mais distantes do País", afirmam.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.