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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Campanha de Bolsonaro pede ajustes na decisão do TSE sobre 7/9

Do UOL, em Brasília

13/09/2022 11h36Atualizada em 13/09/2022 18h51

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A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não houve uso eleitoral do 7 de setembro. Advogados de Bolsonaro pediram que a Corte ajuste a decisão que suspendeu o uso de imagens do evento na propaganda eleitoral.

A avaliação dos advogados do presidente é que a decisão individual do ministro Benedito Gonçalves, que será levada a julgamento nesta terça-feira (13) no plenário do TSE, vai ser referendada.

O objetivo dos advogados é conseguir liberar ao menos parte das imagens, principalmente aquelas capturadas após o encerramento do desfile.

Segundo a argumentação da defesa, "não houve usurpação ilegal, para fins eleitorais, das comemorações do Bicentenário da Independência". "As comemorações do evento cívico, de importância histórica, ocorreram de forma naturalmente aberta e institucional, com a presença de autoridades e convidados no palco oficial. Ocorreram desfiles e comemorações majoritariamente militares, de forma protocolar. E não foram produzidos e empreendidos, nesta fase, discursos e comportamentos político-eleitorais típicos de campanhas", diz trecho da petição.

De acordo com os advogados de Bolsonaro, apenas após o encerramento da agenda oficial - "com o término factual e jurídico do desfile, é que o primeiro Investigado, já sem a faixa presidencial, se deslocou a pé na direção do público e discursou, na condição de candidato". "Da mesma forma que outros candidatos poderiam ter feito, naquele exato momento e ao longo de todo o dia", dizem os advogados.

No sábado, o ministro Gonçalves proibiu que Bolsonaro e o candidato a vice na campanha bolsonarista, Braga Netto (PL), usem nas propagandas eleitorais, em todos os meios, as imagens capturadas durante os eventos oficiais no feriado de 7 de Setembro, que comemorou o bicentenário da Independência do Brasil.

Mais judicialização

Além do uso das imagens de 7 de setembro, um novo evento público de Bolsonaro como presidente pode cair na mira dos adversários.

Isso porque integrantes do PT e do PDT dizem que irão judicializar caso Bolsonaro use imagens do funeral da Rainha Elizabeth II e da sua passagem na ONU em seus programas eleitorais.

A avaliação dos adversários é que o presidente está usando o cargo (e recursos públicos) de forma indevida em sua campanha.

Postura institucional e discurso na ONU

Já no QG de Bolsonaro a ideia é usar a participação do presidente no funeral da Rainha para tentar passar uma imagem mais institucional do presidente. Além disso, o objetivo seria tentar passar uma imagem de suposto prestígio internacional para tentar se contrapor às relações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades internacionais.

Na mesma linha, auxiliares envolvidos na formulação do discurso do presidente na ONU dizem que Bolsonaro deve fazer uma fala voltada para a recuperação da economia, o que também poderá ser usado nas peças de campanha.

Mais informações, no podcast do UOL, o Radar das Eleições