PF prende homem que teria ameaçado atirar em Lula na sua viagem ao Pará
A Polícia Federal prendeu um homem suspeito de ameaçar dar um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A prisão em flagrante ocorreu em Santarém (PA), na tarde de hoje, informou a PF horas após a ocorrência.
O suspeito é o fazendeiro Arilson Strapasson, de Novo Progresso (PA), segundo apurou a coluna.
A PF divulgou à imprensa que as ameaças teriam ocorrido ontem, enquanto o suspeito comprava bebidas em uma loja. "O homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município", disse a corporação, em nota. "O inquérito foi instaurado após uma das testemunhas realizar uma denúncia logo após o ocorrido."
Segundo fontes próximas ao caso, o fazendeiro havia feito pesquisas a respeito do hotel no qual o presidente irá se hospedar em Santarém, onde cumprirá agenda amanhã.
A previsão é que Lula permaneça no Pará até o dia 9 por conta da Cúpula da Amazônia. Nesta sexta, o petista viaja a Parintins (AM) e depois segue para Santarém.
Participação em atos antidemocráticos
Um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) cita que Alisson Strapasson pegou um ônibus para Brasília na véspera dos atos de 8 de janeiro.
Segundo a PF, "o suspeito disse aos policiais que teria participado dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, e que teria invadido o salão verde da Câmara dos Deputados".
Ainda conforme a corporação, o fazendeiro declarou ter participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém/PA durante 60 dias ininterruptos. Ele também disse que financiou a manifestação com R$ 1.000 todos os dias.
"Durante as diligências, os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel na região no valor de R$ 2,5 milhões. Conforme o suspeito, ele seria fazendeiro e também já trabalhou como garimpeiro", divulgou a corporação.
Por quais crimes ele responderá
O homem responderá pelo crime de ameaça, artigo 147 do Código Penal, que prevê detenção de um a seis meses ou multa, e também será enquadrado no artigo 15 da Lei nº 1.802/1953, que trata dos crimes contra o Estado e Ordem Política e Social.
O artigo em questão diz que é crime "incitar publicamente ou preparar atentado contra pessoa ou bens, por motivos políticos, sociais ou religiosos". A pena prevista é de reclusão de 1 a 3 anos.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, postou sobre o caso nesta noite.
Mesmo após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam MATAR ou AGREDIR FISICAMENTE autoridades dos Poderes da República. Isso não é "liberdade de expressão" e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para?
-- Flávio Dino (@FlavioDino) August 3, 2023
Deixe seu comentário