Braga Netto vê 'jogo político' em operação da PF sobre intervenção
A operação deflagrada hoje pela Polícia Federal que investiga irregularidades na compra de coletes balísticos para a intervenção do Rio de Janeiro em 2018 faz parte de um "jogo político", na avaliação de pessoas próximas ao general Braga Netto. Ele teve o sigilo telefônico quebrado.
O general da reserva, que foi candidato a vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro no ano passado, tem sido apontado pelo PL como alternativa para concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro, no ano que vem.
A participação de Braga Netto como interventor em 2018 é vista pelo partido como um possível "trunfo eleitoral".
Ele não é alvo da operação de hoje, mas seu nome vem à tona pelo cargo de interventor que ocupava na época.
Segundo apurou a coluna, o general ainda está em fase de avaliação final para decidir se sairá mesmo candidato.
De acordo com um aliado do general e ex-integrante da intervenção, a operação de hoje seria uma tentativa de desgastar a imagem do general por conta de candidatura à prefeitura da capital fluminense.
Na investigação, a PF apura os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais quando da contratação da empresa americana CTU SECURITY LLC pelo governo Brasileiro para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço no ano de 2018 pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.
Coletes não teriam sido recebidos
Segundo esse ex-integrante do Gabinete de Intervenção, os coletes não teriam sido recebidos.
De acordo com essa fonte, o próprio gabinete cancelou a licitação porque existiam irregularidades no processo.
A situação teria sido definida pela Casa Civil do governo Michel Temer, a quem o gabinete era subordinado à época.
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