Quem queria golpe em 8/1 foi mapeado e democracia está mais forte, diz Lula
O presidente Lula foi o principal articulador do evento da próxima segunda-feira, que marcará um ano dos ataques golpistas aos prédios dos três Poderes. Há quem diga, inclusive, que o petista está usando a data com cunho político.
Lula, porém, avalia que é importante lembrar a tentativa de golpe que o país sofreu. Ao UOL, o presidente respondeu se acredita que o episódio tenha fortalecido ou não a democracia.
"Eu tenho certeza de que a democracia saiu mais fortalecida. E por que eu tenho certeza? Veja, pela primeira vez a gente mapeou corretamente quem era que estava com quem, quem estava querendo ou não dar golpe", disse, em vídeo enviado exclusivamente para o UOL.
Segundo Lula, a "grande maioria da classe política" e a "grande maioria do povo não queria ditadura, queria democracia".
O presidente ressalta que, apesar de a democracia ter saído fortalecida, é preciso que a data seja lembrada, para que o sistema se fortaleça e atenda aos desejos da sociedade.
É importante que a gente aprenda uma lição com que o aconteceu, para a gente fortalecer a democracia. Daqui para frente, nós precisamos ter em conta que a democracia precisa dar respostas aos anseios da população. Precisa garantir emprego, precisa garantir salário, precisa garantir educação, precisa garantir saúde, ou seja, nós precisamos fazer a sociedade compreender que através da democracia a gente pode garantir um Estado de bem-estar social para que as pessoas vivam com muita dignidade e com muito respeito neste país.
Lula, presidente do Brasil, ao UOL
'Intimação' e convites pessoais
Lula pediu que todos os ministros do governo estejam no ato de segunda-feira. Alguns tiveram que cancelar ou dividir as férias diante da "intimação" do chefe.
Mesmo com a ausência já anunciada de alguns governadores de oposição, Lula se empenhou pessoalmente para que o ato repita a demonstração de união dos Poderes.
No caso dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Lula fez convites pessoais, em jantares com membros da Corte. O presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, estaria em viagem, mas se comprometeu com Lula de participar do ato.
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