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Carla Araújo

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Reportagem

Armado, sargento da Rota foi ao debate com Datena e separou briga

A confusão no fim do debate do Flow, ontem à noite, poderia ter terminado de uma forma ainda pior. Um alerta da candidata Tabata Amaral (PSB), de que havia pessoas armadas no estúdio, foi confirmado pela coluna. Há receio entre os candidatos de que haja uma escalada de violência.

Além de Tabata, integrantes das campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB) disseram que o modus operandi da equipe de Marçal é "provocar sem parar".

Um dos responsáveis por tentar proteger Datena e o prefeito Ricardo Nunes no meio da confusão era o sargento Victor, policial militar do Batalhão Tobias de Aguiar — a Rota —, cedido à Câmara Federal e alocado como chefe de gabinete para o deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP).

Ele não está oficialmente na campanha do Datena e disse à coluna que acompanhava o candidato por ser amigo do apresentador.

Apesar de armado, ele não entrou na briga. "Evitei algum mal maior que poderia transcorrer para os dois", disse o sargento Victor, ressaltando ser "amigo pessoal" de Datena. "Fora do meu horário de trabalho, sempre estou com ele quando posso", afirmou.

Procurado, o deputado Palumbo confirmou ter conhecimento de que o sargento está participando de algumas agendas com Datena e falou que também é próximo ao apresentador. "Fora do horário de trabalho dele, ele faz o que quiser. Eles são amigos e ele não ganha nada por isso", disse à coluna.

Questionado se não é estranho dar apoio a Datena, já que é do MDB, partido de Nunes, o deputado afirmou estar "pouco se lixando". "Eu não apoio o Nunes", disse.

Armas no estúdio?

O deputado disse ainda que acha "natural" um sargento da Rota estar armado e afirmou que ele como delegado também costuma andar sempre armado.

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O sargento explicou que um policial "sendo da Rota ou não, militar ou civil e por questão de defesa pessoal e de outros, tem a prerrogativa de andar sempre armado". "Somos polícias 24 horas, felizmente ou infelizmente, quando assumimos essa função", disse.

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