Carla Araújo

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Reportagem

Em aceno a evangélicos, Lula sanciona lei que cria dia nacional do gospel

Em um aceno a evangélicos, o presidente Lula sancionou nesta terça (15) um projeto de lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel, a ser celebrado em 9 de junho.

A data faz referência ao nascimento da missionária e escritora Frida Maria Strandberg Vingren (1841-1940), ligada à Assembleia de Deus e que criou mais de 20 hinos.

Durante a cerimônia de assinatura, Lula assistiu a uma apresentação de música gospel. Não houve transmissão do evento, mas o Planalto divulgou um vídeo depois que mostra Lula assistindo o grupo Cristolândia cantando.

Como representantes da bancada evangélica, estavam presentes os deputados federais Otoni de Paula (MDB-RJ), e Benedita da Silva (PT-RJ). Otoni foi aliado do governo de Jair Bolsonaro (PL) e já criticou com falas duras o governo Lula.

A proposta (PL 3090/2023) partiu da Câmara dos Deputados, no ano passado, e foi de autoria do deputado Raimundo Santos (PSD-PA). Ela teve parecer favorável do senador Marcos Rogério (PL-RO) e dos deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Laura Carneiro (PSD-RJ).

Também participaram do evento os ministros Jader Filho (Cidades), Jorge Messias (AGU), Silvio Costa (Portos e Aeroportos).

Em setembro, Lula já havia sancionado um pacote cristão, que incluiu a lei que criou o Dia Nacional da Pastora Evangélica e do Pastor Evangélico e a que reconhece as expressões artísticas cristãs e os reflexos e as influências do cristianismo, além de seus aspectos religiosos, como manifestação cultural nacional.

Lula tem tentado se aproximar do público evangélico. Apoiador da reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o segmento continua sendo onde o governo enfrenta mais problema de aprovação.

Nesta terça, Lula também sancionou a lei que reconhece como manifestação da cultura nacional a Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do Chão (PA), e e outro que reconhece charge, caricatura, cartum e grafite como manifestações da cultura brasileira, além de um projeto que inscreve o nome do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, e declara o educador Anísio Teixeira Patrono da Escola Pública Brasileira.

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Mais tarde, também foi assinado com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, um projeto que aumenta as sanções penais para crimes ambientais.

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